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Artigo de Opinião

Marconi Perillo e a difícil reinserção no tabuleiro político goiano

Na verdade, ao cogitar disputar novamente o governo, Marconi parece mais preocupado em se manter em evidência e buscar algum espaço de relevância no tabuleiro político. Seu desempenho apagado na presidência nacional do PSDB e a perda de protagonismo no partido evidenciam o enfraquecimento de sua liderança

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Marconi Perillo, quatro vezes governador, fala em disputar pela 5ª vez o governo de Goiás

A cogitação de uma eventual candidatura de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás em 2026 parece mais uma tentativa de reinserção no cenário político do que um projeto viável de poder.  Apesar de seu histórico de quatro mandatos como governador, o tucano enfrenta hoje uma realidade profundamente distinta daquela que o consagrou nas urnas no passado.

Sua estrutura política atual é fragilizada, sem apoio consolidado em bases municipais nem articulações partidárias robustas. O PSDB em Goiás perdeu relevância, e Marconi não conseguiu renovar seu grupo político, que hoje carece de musculatura eleitoral e financeira. Além disso, os passivos jurídicos e administrativos deixados por sua última gestão, principalmente, ainda não foram superados.

A exposição de uma campanha majoritária inevitavelmente trará à tona ações judiciais, acusações de corrupção e os rombos fiscais herdados de sua administração — elementos que, além de desgastar sua imagem, servem de munição aos adversários.

As derrotas consecutivas ao Senado, em 2018 e 2022, são indicativos claros da perda de apelo eleitoral do ex-governador. O eleitorado goiano já demonstrou, nas urnas, sua resistência a um retorno de Perillo à linha de frente. Assim, uma candidatura em 2026, além de improvável em termos de viabilidade eleitoral, pode representar o epílogo definitivo da trajetória política do ex-governador tucano.

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