Depois da publicação da reclamação de usuários insatisfeitos com cobranças muito acima do normal pelo aplicativo de transporte individual Uber, em Goiânia, alguns motoristas entraram em contato com o Blog a fim de esclarecerem o ocorrido. De acordo com eles, seria praticamente impossível a manipulação da demanda pelos motoristas, uma vez que seria necessário que praticamente a totalidade de motoristas parassem ao mesmo tempo para que o sistema fosse afetado.
No último dia 31, especialmente, alguns usuários do aplicativo reclamaram que a Uber estaria cobrando até 300% a mais por alguns trajetos, o que levantou a suspeita de manipulação. Os motoristas, no entanto, dizem que o próprio sistema da Uber utiliza um algorítimo para identificar as zonas onde a demanda é maior e, para estimular os parceiros, aumenta a tarifa nessas zonas, com a finalidade de que o usuário seja atendido e o serviço normalizado. “As zonas de maior demanda são assinaladas no mapa e a tarifa dinâmica estimula os motoristas a se deslocarem para essas zonas, pois se não houvesse a compensação tarifária dificilmente o motorista se disporia a atender esses usuários”, diz um parceiro da Uber.
“Quando a procura é alta, a tarifa dinâmica aumenta as tarifas de forma incremental. Para os utilizadores, a tarifa dinâmica ajuda a garantir que um veículo esteja disponível. Para os parceiros, a tarifa dinâmica aumenta o valor das tarifas e consequentemente o rendimento. Adicionalmente, algumas áreas da cidade poderão ter tarifa dinâmica e outras não”, diz a Uber em seu canal na internet. A tarifa dinâmica só seria suspensa em caso de desastres naturais e quando fosse decretado estado de emergência na cidade.
O problema, que é quase um consenso entre os motoristas, é o fato de que a tarifa dinâmica pode elevar os preços das corridas a níveis impraticáveis pelo usuário. Na opinião deles, esse sobrepreço ocasionado pela relação maior demanda versus menos oferta não deveria exceder a 100% de uma corrida normal.