Pelo terceiro mês consecutivo o número de homicídios em Goiânia aumentou. Até ontem, 29/09, 56 pessoas foram assassinadas na capital. Em junho foram 37, em julho 41 e em agosto 48 homicídios. Considerando os números de setembro e junho, o aumento foi de 51,35%.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado tenta passar a ideia de normalidade. Entretanto, nas ruas, a sensação é de muita insegurança e medo. Os consecutivos aumentos dos homicídios em Goiânia provam que o Estado está desgovernado e não há projetos em curso na área da segurança pública. A parcimônia do comando da Polícia Militar em comentar a situação, poupando críticas ao governo, acaba prejudicando a tomada de decisões capazes de conter o caos anunciado. Nenhum comandante da Polícia Militar aponta a falta de medidas do Governo de Marconi Perillo como o principal óbice à diminuição dos crimes em Goiânia e em Goiás. Há uma subserviência velada dos oficiais da PM à falta de ação da Secretaria de Segurança.
Não obstante a escalada da violência, o Governo Perillo se ocupa de factoides para afastar Marconi Perillo da crise na Segurança Pública de Goiás. Enquanto as polícias goianas padecem da falta de efetivo, o Governo se esconde atrás de campanhas midiáticas que vendem uma outra realidade. Com déficit de aproximadamente 12 mil policiais, a PM-GO pouco pode fazer para conter a violência que vitima os cidadãos goianos. A Polícia Civil, sucateada e que hoje trabalha com metade do efetivo necessário, não consegue dar respostas à sociedade. Enquanto isso, os séquitos do palácio disseminam o factoide de Marconi presidente, cujo intuito não é outro, senão tirar o foco da incompetência, marca maior do Governo tucano em Goiás.
Quanto aos crimes de roubo e furto, o absurdo se repete. Nesses casos, o Governo de Goiás não tem, sequer, as estatísticas, já que mais da metade das vítimas não vão mais às delegacias registrar os boletins de ocorrência. O medo e a descrença da população é geral. Enquanto o povo sofre, Marconi Perillo anuncia um tal de “Inova Goiás”. Uma completa falta de respeito com o cidadão goiano.