O baixo valor das gratificações, destinadas aos policiais militares da reserva que serão reconvocados para atuar nos colégios militares criados pelo Governo de Goiás, pode criar problemas para o funcionamento das unidades.
Pelo projeto aprovado pela Assembleia foram criadas 264 funções comissionadas na Polícia Militar, a maioria delas com gratificação de R$ 800 reais. Esse valor, no entanto, não tem entusiasmado os policiais da reserva. Como a aceitação da função é voluntária, o comando da PM em Goiás teme que os cargos não sejam preenchidos, obrigando a convocação do pessoal da ativa, o que deixaria o policiamento ostensivo no estado comprometido.
De acordo com a SSP, a média de pessoal em cada colégio é de 22 policiais militares, com variações de acordo com o porte da unidade e, nelas, os militares assumem as funções administrativas, além de funções específicas para a orientação militar. A sugestão do Comando era de que as gratificações para essas funções situassem entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, mas a situação financeira do estado não comporta essa faixa de gratificação.
Com déficit de aproximadamente 12 mil policiais militares em Goiás, soa absolutamente impensável que parte desse contingente seja remanejado para atuar nos colégios militares. Embora haja 1.421 concursados da PM-GO aguardando convocação para o curso de formação, inclusive com a anuência da justiça goiana, o governador Marconi Perillo teima em não convocá-los, alegando que um novo concurso seria a medida apropriada.
Apesar da falta de policiais militares, o Governador pretende trasnformar mais 24 unidades de ensino da região metropolitana de Goiânia em Colégios Militares até o final do ano de 2015.