Artigo da Revista Valor Econômico informa que “o valor exigido pela Eletrobras para a privatização da Celg Distribuidora (Celg D) – R$ 2,8 bilhões, incluindo a fatia do governo de Goiás está reduzindo a atratividade do leilão da concessionária goiana. Há, inclusive, segundo a reportagem, a possibilidade de não haver lances no certame.
De acordo com a Revista, o lance é considerado alto para a realidade do mercado, agravado pelo fato do alto endividamento da Celg-D e da necessidade de aporte de adicional da ordem de R$ 1 bilhão para recolocar a companhia nos trilhos e atender às exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para renovar a concessão da distribuidora por mais 30 anos.
Três grandes grupos do setor energético descartaram participação no leilão: Energisa, CPFL e Neoenergia. “[A Celg D] tem obrigações grandes com a renovação da concessão e riscos elevados também. E o preço está muito fora do que entendemos como razoável”, disse o presidente da Energisa, Ricardo Botelho.
Ontem, 06/03, a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou projeto de lei que permite o Estado de Goiás a assumir a dívida que a Celg-D tem com a Caixa Econômica Federal, algo em torno de R$ 2,4 bilhões. Com isso, o Governo de Goiás fica liberado para vender a companhia. Goiás tem 49% do capital da empresa e teria, pelo preço estabelecido, direito a mais ou menos R$ 1,3 bilhão.