O Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Goiás, Cláudio Curado Neto, fez duras críticas às políticas que estão sendo implantadas na redação do Jornal O Popular, veículo da Organização Jaime Câmara, que nos últimos meses tem demitido vários renomados jornalistas da imprensa goiana. “Relutei muito em escrever este texto. Mas o faço como cidadão leitor por mais de 40 anos do jornal O Popular”, esclarece o jornalista em post na sua página pessoal do facebook.
Curado diz ver com tristeza o jornal se desviar do bom jornalismo que fez dele referência em Goiás. Chamando de opção burra as medidas adotadas que visam a economia imediata dos custos da empresa, ele ironiza os novos dirigentes do O Popular: “Ocorre que mentes iluminadas com formação em institutos renomados e vários MBAs acreditam nisso (se fossem tão brilhantes não estariam em empresa de segunda linha no centro-oeste brasileiro!) e agora penalizam jornalistas e leitores com a troca de profissionais experientes e com bom texto por jovens recém-formados e estagiários(!) não remunerados.
Que jornal pretendem oferecer aos leitores? Que jornal vão oferecer a anunciantes?”, pergunta.
Para Claúdio Curado a direção do jornal, “com auxilio luxuoso de consultores, opta pelo caminho fácil e equivocado da economia da boa mão de obra”, o que, segundo ele, é um pretexto que não se sustenta, já que o número de exemplares vendidos seria mais do que suficientes para manter a redação e ainda proporcionar muito lucro aos donos do jornal. “É falácia dizer que a redação pesa no orçamento. Como também é mentira reclamar de dificuldades financeiras quando o balanço da empresa, publicado nas páginas do jornal, mostram lucro de mais de 80 milhões de reais no último ano!”, enfatiza.
“Como leitor somente tenho a lamentar, e dizer que minha relação de leitor diário está chegando ao fim”, avisa o representante dos jornalistas profissionais em Goiás.