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Política

PSDB nacional caminha para o fim e arrasta os tucanos estaduais para a extinção

Enfrentando um esvaziamento que parece não ter como ser contido, o tucanato goiano, a exemplo do nacional, aposta num voo cego na tentativa de conseguir palanque  e, assim, viabilizar uma candidatura à prefeitura de Goiânia no ano que vem. Sem perspectiva de poder, o PSDB continua a minguar nos estados. Em São Paulo, por exemplo, a sigla começou o ano com 238 prefeitos. Hoje tem apenas 43 

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Partido que teve o presidente da República por oito anos, o PSDB tem caminhado para o fim

Informações publicadas na coluna do jornalista Bernardo Mello Franco, no jornal O Globo, nesta sexta-feira (03/10) apontam que o PSDB nacional, partido que já teve o presidente da República por dois mandatos, e que foi, por duas décadas, uma das principais legendas do país, caminha para o fim. “Em completo declínio, os tucanos caminham para extinção”, escreve o jornalista.

Intitulado “Despejo no Senado é novo símbolo de derrocada no PSDB”, o artigo de Franco informa que o partido teve que deixar o gabinete que pertencia à liderança do partido no Senado. A medida foi necessária, uma vez que o PSDB, que tinha quatro senadores no início dessa legislatura, perdeu duas cadeiras, e, com apenas dois senadores na casa, não tem mais direito à liderança. São necessários ao menos três senadores para que a sigla tivesse direito à sala.

Além de perder o espaço de reuniões, a sigla teve que dispensar cerca de 15 assessores. “O trabalho vai ficar mais desconfortável”, admite o senador Izalci Lucas, um dos últimos remanescentes no ninho. “Em voo cego, os tucanos parecem condenados à derrocada. Sobrou pouco da legenda que governou o país por oito anos e disputou o segundo turno em outras quatro corridas presidenciais”, diz o jornalista.

PSDB em Goiás

Em Goiás, a situação do PSDB de Marconi Perillo, eleito presidente do partido na última semana, não é diferente do nacional. A situação se agravou desde a primeira derrota do ex-governador, que comandou o estado por quatro mandatos, na eleição para o Senado, em 2018. Naquele mesmo ano, os tucanos perderam também o governo do Estado, e a ausência de lideranças, já que Marconi deixou Goiás e se mudou para São Paulo, contribuiu para a derrocada do partido.

A prova disso foi que, de 75 prefeitos eleitos em 2016, a legenda conseguiu eleger apenas 20 em 2020, número que hoje soma pouco mais de 10. Sem projeto de partido e sem estratégia, o PSDB goiano sofre um completo esvaziamento. A segunda derrota consecutiva de Marconi Perillo para o Senado, em 2022, diminui ainda mais o PSDB em Goiás. De uma bancada de sete deputados estaduais e cinco federais em 2014, a legenda chega a 2023 com apenas dois representantes na Assembleia Legislativa de Goiás e uma deputada na Câmara Federal.

A estratégia de Perillo em Goiás, vista como desesperada por analistas políticos, é conseguir polemizar com o atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e assim conseguir palanque para lançar uma candidatura a prefeito de Goiânia para as eleições de 2024. Esse comportamento do tucano não é bem recebido nem mesmo por seus correligionários, que temem desgastes nos municípios, já que Caiado é hoje o governador mais bem avaliado do Brasil, e tem mais de 70% de aprovação dos goianos.

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