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Cidades

Violência em Goiás é consequência de um governo inoperante e irresponsável

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O medo e a indignação tomaram conta do cidadão goiano. Chegamos ao que podemos chamar “fundo do poço”. A sensação de insegurança e a violência de fato têm atormentado a população de Goiás e chegam a níveis que causam verdadeiro pânico às famílias do Estado.

Desde 1999 foram mais de 30 mil homicídios no Estado, um aumento de mais ou menos 230%. Goiás, que era o 18º mais violento do país, chegou a ocupar a 4ª posição entre as unidades da federação onde mais se mata. São mais de 40 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes. O aceitável, segundo a OMS, são 10 mortes por cada 100 mil moradores. Acima disso é considerado epidemia.

Esse verdadeiro genocídio instalado em Goiás e a dilapidação do patrimônio das famílias goianas pela bandidagem que reina absoluta no Estado deve-se à irresponsabilidade e inoperância do Governo tucano, no poder há praticamente 20 anos. O Governo de Marconi Perillo tem gerido mal a segurança pública. E os números atestam isso. Os crimes contra o patrimônio têm tirado os bens e a dignidade do cidadão de bem do Estado.

A falta de estrutura da Polícia Civil, absolutamente sucateada, seja do ponto de vista de infraestrutura, seja do ponto de vista de pessoal, tem contribuído para tornar a realidade das vítimas de crimes em Goiás ainda mais cruel. 162 cidades goianas não têm delegado de polícia e 104 outras não têm agentes de polícia. Muitos cidadãos sequer estão comunicando à polícia os crimes de que são vítimas. Já bastante elevados, os números de crimes contra o patrimônio em Goiás estariam sendo subestimados, haja vista a falta de registros das ocorrências.

Com rombo que já supera R$ 1,5 bilhão e déficit mensal de R$ 450 milhões, o Governo de Perillo recorre de decisão judicial para não convocar os 1.421 aprovados no último concurso da PM-GO, número irrisório se levarmos em conta que o déficit de policiais militares hoje no Estado é de 18 mil. Sem efetivo é humanamente impossível à Polícia Militar executar o policiamento ostensivo e preventivo nas ruas das cidades goianas. Sem prioridade, o Governo de Goiás gasta mal os parcos recursos do erário. A Secretaria de Segurança Pública se ocupa em procurar metodologias de medição da criminalidade que minimize o impacto negativo junto à população. Projetos para conter a violência, não há.

A imprensa, num ato igualmente covarde e irresponsável, cala-se diante do caos instalado. Enche os cofres com a divulgação da desgraça alheia, consequência da inação do Governo, mas não o cobra. O Governo é medíocre e esconde-se atrás de uma cara e bem articulada campanha midiática patrocinada por milhares de reais do dinheiro público, que deveriam servir para financiar projetos para a segurança pública. De 2011 a 2017 mais de R$ 900 milhões foram gastos com publicidade, cuja finalidade foi passar à população a imagem de um governo eficiente e realizador. A realidade mostra o contrário. Delegacias são fechadas por falta de estrutura. Presos são transferidos a pé por falta de viaturas. Crimes não são investigados por falta de efetivo.

O povo é vítima de um governo sofismático, sem projetos e irresponsável. Cidadãos morrem a mancheias, casas são devastadas pela bandidagem e o Estado quebrado pela má gestão tucana não tem condições de reagir a esse descalabro. Enquanto Marconi Perillo posa de gestor eficiente e os seus séquitos anunciam “voos nacionais”, o povo goiano chora a perda dos seus entes e dos seus bens, sobretudo porque o Estado é inoperante.

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