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Política

“Agetopão”: delação premiada pode revelar mais envolvidos.
Governistas adotam cautela.

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Como já havia sido adiantado ontem pelo Promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Rafael Simonetti Bueno da Silva, do Ministério Público de Goiás, alguns presos na Operação Compadrio, que investiga suposto esquema de corrupção em órgãos públicos do Estado, entre eles a Agência Goiana de Transportes e Obras – Agetop, comandada por Jaime Rincon, pretenso pré-candidato pelo PSDB à Prefeitura de Goiânia, estão dispostos a colaborar com as investigações em troca de diminuição da pena.

Segundo o promotor, uma testemunha havia procurado o Ministério Público ontem e passado informações que teriam ampliado o número de pessoas e de empresas envolvidas no esquema de corrupção que seria comandado pelo ex-deputado Sebastião Costa (PTdoB), sua irmã Sandra Beatriz, o marido dela, Geraldo Magella, e o diretor da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), José Marcos Musse.

Conforme divulgado pelo Jornal O Popular, O promotor não quis adiantar os nomes das pessoas que estão negociando o acordo de delação premiada, todavia afirmou que uma delas ouvidas ontem deu um depoimento esclarecedor, detalhando como cada um dos envolvidos atuava no esquema que envolvia nomeação para cargos públicos nos órgãos do Estado e direcionamento de licitação para empresas fantasmas. O MP vai pedir a quebra de sigilo fiscal e telefônico desses novos envolvidos, segundo Simonetti.

O possível acordo de delação premiada dos envolvidos no esquema tem tirado o sono da turma palaciana que adotou o silêncio desde a deflagração da operação. Alguns deputados ensaiaram sair em defesa de Rincon e do Governo de Goiás, mas muito de forma tímida. No privado informam que preferem aguardar o avançar das investigações e os depoimentos que virão.

Apelidado de Agetopão pelo Deputado Estadual do PMDB, José Nelto, o escândalo traz de volta os fantasmas que assombraram o quintal do Palácio das Esmeraldas no limiar da Operação Monte Carlo, em 2012. O sono se tornou um artigo de luxo lá por aquelas bandas.

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