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Política

Marconi Perillo é acionado judicialmente por suposta dívida com empresa de pesquisa de opinião

O tucano, juntamente com Luiz José Siqueira e o diretório regional do PSDB em Goiás, figura no polo passivo de ação de cobrança pelo não pagamento de serviços prestados pela empresa Datapop Pesquisas Sociais e de Opinião Pública Ltda, em 2018, quando disputou a eleição para o Senado

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O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi acionado judicialmente em ação de cobrança, proposta no último dia 2 de junho e distribuída para a 3ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, na qual é acusado de se recusar a pagar o valor atualizado de R$ 213 mil, referente a serviços de pesquisa eleitoral contratados da empresa Datapop Pesquisas Sociais e de Opinião Pública Ltda, em 2018, quando disputou as eleições para o Senado. Assim como o tucano, também figuram no polo passivo da ação Luiz José Siqueira, então coordenador da campanha de Perillo, e o diretório do PSDB em Goiás.

De acordo com a representante do Datapop, em 2018, foi apresentado para o próprio Marconi, e para os responsáveis pela campanha do tucano, uma proposta para realizar uma pesquisa eleitoral. Nessa proposta teria sido estabelecida a metodologia, prazo e condições para a prestação dos serviços, acordando-se o valor de R$ 115 mil para a realização do trabalho.

No entanto, narra a inicial, após as conversações preliminares, a autora, através de sua empresa, enviou para coordenadoria da campanha um contrato formal de prestação de serviço. Contudo, o mesmo não teria sido devolvido assinado pelo coordenador da campanha eleitoral, senhor Luiz José Siqueira, ficando, portanto, com as vias para a consequente formalização.

Mesmo assim, alega a suposta credora, o contrato foi aprovado em seus termos de maneira peremptória e verbal, como era de praxe, afirma ela, em dezenas de outros serviços prestados para o Grupo Executivo de Comunicação (GECOM), órgão do então governo tucano, que funcionava no 6º andar do Centro Administrativo. A representante da empresa, autora da ação, diz, ainda, que os serviços foram efetivamente prestados, mas, apesar de todas as tratativas para o recebimento do que lhe era devido, o pagamento nunca foi efetuado. De fato, essa despesa não consta na prestação de contas da campanha de Marconi Perillo, referente à eleição para o Senado em 2018.

Segundo a autora, o suposto inadimplemento dos sujeitos passivos da ação provocou, de forma avassaladora, o fechamento da empresa Datapop, “revertendo em prejuízos significativos para a sua vida”. Em print de postagem de WhatsApp, anexado aos autos, a representante da empresa, na busca de contactar o próprio Marconi, fala com João Bosco Bittencourt, que foi, por muitos anos, assessor de comunicação do tucano.

“Amigo, como posso falar com o Marconi? O Siqueira contratou comigo as pesquisas quali de TV para o Marconi e não me deu mais satisfação. Já vendi meu carro pra pagar os compromissos assumidos e não consegui liquidá-los todos. Estou passando necessidades em casa e não sei como fazer”, se desespera.

Nas eleições de 2018, Marconi Perillo foi apenas o 5º colocado na disputa para o Senado, recebendo pouco mais de 400 mil votos, ou 7,55% dos sufrágios válidos para o pleito. Cerca de uma semana depois daquelas eleições, o tucano chegou a ser preso pela Polícia Federal no curso das investigações da Operação Cash Delivery, depois que o juiz da 11ª Vara Federal de Goiás acatou pedido do Ministério Público Federal. Em junho próximo passado, no entanto, o ministro do STF Gilmar Mendes acabou anulando todos os atos da Cash Delivery, liberando o patrimônio do ex-governador que estava bloqueado a pedido do MPF/GO.

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