Em meio a onda de violência que assola Goiás e que tem vitimado cidadãos comuns, policiais militares e seus familiares e policiais civis, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás – Sinpol, Paulo Sérgio de Araújo, criticou o sucateamento da polícia civil goiana e fez um alerta: “As polícias não têm recursos para conter a escalada de violência na região metropolitana.”
Da noite da última sexta-feira até a manhã de hoje, domingo 20/09, uma série de assaltos e tentativas de assaltos aterrorizaram a população goiana. Entre as vítimas estão policiais civis e militares. Um arrastão cometido contra os clientes de um conceituado bar da região metropolitana, assustou os moradores de Aparecida de Goiânia.
Para Paulo Sérgio a falta de estrutura das policiais goianas contribuem para o agravamento da situação. “A Polícia Civil carece de maior efetivo, estrutura de trabalho e recursos para investigar e colocar os bandidos na cadeia. A PM padece de problemas semelhantes e não pode estar em todas as esquinas das cidades para prevenir esse tipo de crimes”, afirma o presidente do Sinpol.
Segundo Paulo Sérgio existem hoje em Goiás 23.500 inquéritos policiais abertos. E a tendência é que esse número aumente. “Nosso efetivo na Polícia Civil é de cerca de 3.200 policiais para uma população de 6,5 milhões de habitantes, ao passo que em 1998 era de 6 mil, quando aqui viviam em média 4,7 milhões de pessoas. Precisaríamos de cerca de 10 mil policiais para atender à crescente demanda gerada pela escalada da violência, além de melhor estrutura de trabalho”, avalia.
O quadro da violência em Goiás assusta até os profissionais da área, como policiais civis e militares. Enquanto isso, Marconi Perillo (PSDB), governador do Estado, prefere o marketing enganoso de uma pesquisa que não se coaduna com a realidade, a qual lhe dá 53,8% de aprovação. Ao se esconder atrás de números que não refletem a realidade a situação só piora.
