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Cidades

Diretor de escola pública estadual denuncia descaso do governo
Perillo com a unidade.

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“Não tenho supervisor de Merenda Escolar há 20 dias. Suspendo a merenda ou me mudo para o supermercado?”, com essa pergunta o Professor Miguel Angel Davico, Diretor do Colégio Estadual José Rodrigues Naves, localizado em Goianira, na região metropolitana de Goiânia, inicia seu desabafo diante do descaso do Estado com a escola que dirige.

Segundo o diretor, que foi eleito para o cargo com 93% dos votos dos alunos, a gerente da merenda, dona Elza, aposentou-se. A vaga ficou em aberto e o Estado não designou uma nova profissional para substituição. A alegação da Seduce é de que não há novos contratos no Estado. “Isto eu entenderia se fosse para contratar novos funcionários além dos que temos, porém não se trata disso, senão de ocupar a vaga que ficou vacante”, retruca o professor.

Davico chama a atenção para outros graves problemas que afetam a unidade de ensino. Segundo ele, a escola, diferentemente do que é propagandeado pelo governo estadual, só recebe verbas federais, que são destinadas a merenda escolar e usadas para comprar outros materiais que a escola necessita. Ao Estado cabe o pagamento dos salários dos funcionários, das contratações, da energia, da água e da manutenção do prédio escolar. “Coisa que está deixando muito a desejar”, diz.

O Diretor esclarece que  o portão eletrônico, porteiro eletrônico, área do pátio coberta e cimentada, a troca das válvulas dos banheiros, consertos em geral, vasos, encanamentos e lâmpadas foram conseguidos com a arrecadação de festas que a escola realiza ou do bolso do próprio Diretor. “Com recursos do Governo Federal compramos os aparelhos de ar condicionado. Porém não temos verbas para instalar os mesmos”, lamenta. Outro fator de indignação diz respeito ao laboratório de computação, adquirido com recursos federais, mas que não pode funcionar por falta do dinamizador de informática, já que o cargo foi extinto.

Miguel Davico conta que, como a sua Subsecretaria é de Inhumas, ele é obrigado a prestar contas na cidade vizinha, seja pelo pedagógico, recursos humanos e/ou contabilidade e as despesas de percurso, toda vez que necessita se deslocar até lá, corre exclusivamente por sua conta e risco.

A Estratégia do Governo de Marconi Perillo tem sido o de sucatear as escolas públicas para que tenha argumentos para terceirizar o ensino em Goiás. Projeto para entregar a gestão das escolas públicas estaduais às OSs está em andamento na Secretaria de Educação do Estado.

 

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