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Política

Aliados de Marconi Perillo temem que cassação de Dilma
abra precedentes para impeachment do Governador.

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A base de apoio ao Governador Marconi Perillo (PSDB) está dividida quanto ao processo de impeachment da Presidente Dilma Rouseff, deflagrado essa semana pelo Presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB).  Em privado, dizem que uma eventual cassação da presidente da república abriria precedentes para a oposição goiana pedir o impedimento do Governador de Goiás.

Eduardo Cunha atendeu pedido protocolado pelo advogado Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, que acusa Dilma de crime de responsabilidade por haver feito alavancagem financeira ao ter usado bancos estatais para pagamento de benefícios sociais do governo. Em Goiás não foi diferente, já que o TCE-GO, em julgamento das contas do Governador de 2014, avaliou que houve uma alavancagem na ordem de R$ 633 milhões praticada pelo governador Marconi Perillo o que resultou em rombo acumulado da conta centralizadora do Estado de aproximadamente R$ 1,492 bilhão.

Os aliados que querem a derrubada de Dilma evitam comemorar a decisão do Presidente da Câmara temendo que a cassação da petista abra caminho para o pedido de impeachment de Marconi Perillo junto a Assembleia Legislativa de Goiás, o que causaria tremendo desgaste ao tucano, num momento em que sua popularidade está caindo, sobretudo pelo calote aplicado nos servidores públicos, que essa semana tiveram a data-base e os reajustes prometidos em 2013 adiados para 2018.

O próprio Marconi Perillo, segundo interlocutores do governo, tem pedido cautela aos seus aliados e, em público, assumiu posição contrária ao impeachment. Na visão de analistas políticos, Marconi age para salvar a própria pele e aproveita para ampliar o discurso de democrata, fazendo coro aos que enxergam no impeachment  uma ruptura no sistema democrático brasileiro.

 

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