Até 90% das pessoas com diagnóstico positivo para o novo coronavírus em Massachusetts, Nova York e Nevada, nos Estados Unidos, no mês de julho, podem não ter carga viral suficiente para transmitir a infecção, de acordo com uma revisão realizada pelo The Times. Segundo especialistas, isso acontece porque os testes RT-PCR, que identificam a presença do vírus no organismo, são extremamente sensíveis e apenas indicam se a pessoa tem o vírus no organismo ou não, mas não a quantidade de vírus.
Por outro lado, testes de PCR semelhantes usados para o diagnóstico de outros vírus fornecem resultados que incluem uma estimativa aproximada da quantidade de vírus no corpo do paciente. Isso ajuda a definir o quão contagiosa essa pessoa pode estar, segundo informações do The New York Times.
O teste de PCR amplifica o material genético do vírus por meio de ciclos. Quanto menor a quantidade de ciclos necessária para identificar o vírus, maior a carga viral. Quanto maior a carga viral, maior a probabilidade de o paciente ser contagioso. Segundo especialistas, essa é uma informação importante que deveria constar no laudo de testes PCR para coronavírus, em conjunto com o resultado positivo ou negativo.
Atualmente, a maioria dos testes para diagnosticar a Covid-19 faz cerca de 37 a 40 ciclos, de acordo com o The New York Times. Porém, especialistas acreditam que esse é um limite muito alto e isso acaba detectando tanto pessoas com o vírus vivo quanto aquelas com poucos fragmentos do vírus morto.
Para a virologista Juliet Morrison, da Universidade da Califórnia, em Riverside, nos EUA, o limite razoável de ciclos deveria ser de 30 a 35, disse em entrevista o NYT.
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