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Estudos permitem vislumbrar fim da epidemia em Goiânia. Resultado final, no entanto, vai depender do comportamento da população nas próximas semanas

Reunião ordinária do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE), realizada nesta segunda-feira (1/6), teve como principais pautas a discussão do atual momento epidemiológico da covid-19 em Goiânia e a reflexão sobre as projeções do curso da doença para as próximas semanas.

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De acordo com estudos apresentados pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), em reunião do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE), realizada nesta segunda-feira (1/6), feitos com base no declínio da curva de casos de Covid-19, já é possível vislumbrar o fim da epidemia em Goiânia.

A interpretação das curvas projetadas levou em consideração a taxa de isolamento social, que é o principal fator aceito pela Organização Mundial de Saúde para medir a disseminação do novo coronavírus. O isolamento está intimamente relacionado à taxa de transmissão da doença, ou seja, para quantas pessoas a doença é transmitida por uma única pessoa infectada.

As curvas projetadas pelo estudo da UFG consideram três cenários possíveis assumindo diferentes taxas de isolamento social no período entre 22 de maio de 31 de julho: uma em torno de 50-55% (semelhante ao atingido no início da quarentena em Goiânia, pelo decreto estadual); outra em torno de 38% (semelhante ao atual momento); e uma terceira com uma taxa de isolamento com tendência de redução chegando até em torno de 30% (semelhante à rotina da população antes do início da pandemia).

O isolamento social projetado nos três cenários reflete diretamente na estimativa projetada de números necessários de leitos convencionais, leitos de UTI, número de casos confirmados e de óbitos por COVID-19. No melhor cenário, considerando 50-55% de isolamento da população no período, seriam necessários menos de 50 leitos de UTI por dia e os óbitos chegariam a um total de 200 até final de julho 2020.

No cenário com isolamento mantido em 38%, seriam 200 leitos-dia de UTI e um total acumulado de 1.000 óbitos por COVID-19. No pior cenário, que assume tendência de redução gradual do isolamento no período, o número de leitos de UTI necessários diariamente passaria para 380 e o total de mortes por COVID-19 chegaria a 1.700.

Com base nestes estudos pode-se dizer, com segurança, que o isolamento social conseguido no início da epidemia em Goiânia foi capaz de salvar aproximadamente 1.500 vidas. O estudo também permite dizer quantas vidas ainda podem ser salvas. Caso a evolução ocorra conforme o primeiro cenário, ou seja, atingindo isolamento social de 50-55%, entre 800 a 1.600 pessoas deixarão de morrer por COVID-19.

Diante do estudo é possível dizer que o resultado final da epidemia em Goiânia dependerá fundamentalmente do comportamento da população nas próximas semanas.

*Com informações do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE)

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