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Política

Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, é criticado por não seguir medidas de isolamento social adotadas pela prefeitura da capital

Internautas avaliam que as medidas adotadas pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, possam não surtir efeitos diante da decisão do colega da cidade vizinha, uma vez que Aparecida de Goiânia, o segundo maior município da região metropolitana, continuará com 60% de suas macrozonas em funcionamento.

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O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, do MDB, foi duramente criticado nas redes sociais pela decisão de não seguir as medidas adotadas pela Prefeitura de Goiania, que suspendeu o funcionamento das atividades econômicas e não econômicas não essenciais por mais 14 dias na Capital.

Ao contrário de Rogério Cruz, o emedebista optou pelo modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional na cidade. O município foi dividido em 10 macrozonas, com quatro delas fechando duas vezes de segunda a sexta-feira e a cidade inteira fecha aos sábados a partir das 13 horas e no domingo o dia todo. Na prática, a medida fecha 40% de todas as macrozonas da cidade por sete dias.

“Fechar Goiânia e Aparecida não fechar é um contrassenso, mas o prefeito Rogério (Cruz) se revela um líder político preocupado com seu povo e o vizinho adota agora uma postura covarde de quem não aguenta uma pressão dos ricos. Como disse Mandela “a pandemia vai separar os homens dos meninos”, disse Ernesto Roller, se referindo a Gustavo Mendanha.

Já o jornalista Afonso Lopes manifestou em sua conta no Twitter a preocupação de colapso no sistema de saúde com a decisão de Mendanha, de manter parte da cidade aberta enquanto Goiânia vai fechar. “Os sistemas de saúde de Goiânia e Aparecida estão colapsados. Goiânia vai manter, e ampliar, as restrições por mais 14 dias. Aparecida vai abrir. Como as cidades são conurbadas, os doentes de um lado correm para o outro atrás de socorro. Os dois sistemas vão continuar colapsados. A decisão da Prefeitura de Aparecida parece ser um plano desengonçado, e muito perigoso”, avaliou.

O promotor de Justiça Fernando Krebs também manifestou sua preocupação com o fracasso das medidas pelo fato das duas cidades vizinhas adotarem medidas diferentes. “Não dá para entender”, tuitou para expressar sua insatisfação com a decisão de Gustavo Mendanha.

Também em Aparecida de Goiânia a situação é de iminente colapso no sistema de saúde e a taxa de transmissão acima de 1, o que indica avanço da doença. Os leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 na cidade, de acordo com boletim divulgado pela secretaria de saúde do município, era de 97%.

Especialistas da área da saúde avaliam que o ideal seria que Goiânia e Aparecida de Goiânia caminhassem juntas e adotassem medidas de isolamento idênticas, já que há trânsito intenso entre moradores das duas cidades. Diante da falta de medidas harmônicas entre os dois principais municípios da região Metropolitana, o sentimento é de pessimismo quanto ao sucesso das medidas. Para boa parte da população, essas ações não salvam nem vidas e nem a economia.

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