O Deputado José Nelto (PMDB), um dos mais atuantes da oposição goiana, protocolou ontem, 25/08, no Ministério Público Estadual, pedido de afastamento de toda a diretoria da Agetop – Agência Goiana de Transportes e Obras – incluindo o do seu presidente, Jaime Rincón – onde, suspeita-se, concentraria as atividades do esquema de corrupção investigado no âmbito da Operação Compadrio deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Goiás.
O Pedido do deputado funda-se na suspeita de que provas, contratos e documentos estariam sendo queimados e destruídos para dificultar futuras investigações e, concomitantemente, a punição dos culpados. “São várias as informações que nos chegam que dão conta de que provas estão sumindo nas empreiteiras e na própria Agência. Isso é muito grave. Temos informações de que na Agetop, para se ganhar uma licitação, para realizar uma medição e para o pagamento de um trabalho, tem que dar propina. A oposição quer acabar com isso”, avisa o deputado.
O Agetopão, como já é chamado o escândalo, consistia nas práticas criminosas atinentes ao favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito, todos eles contando com a colaboração e participação de funcionários públicos. O Foco das investigações, segundos os Promotores que atuam no caso, é a Agência Goiana de Transportes e Obras, comandada por Jayme Rincon, provável candidato do PSDB à Prefeitura de Goiânia. O diretor de Obras Rodoviárias do órgão, José Marcos Musse, chegou a ser preso na operação. Solto por força de uma habeas corpus, Musse deixou o cargo.
