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Política

“A Prefeitura não dá conta de resolver o problema da Praça Cívica”, critica Daniel ao afastar possibilidade de aliança com Rogério Cruz

De acordo com o presidente estadual do MDB e vice-governador de Goiás, o seu partido não vai embarcar em projeto que é visto administrativamente como incompetente

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Daniel Vilela, vice-governador de Goiás e presidente do MDB estadual - Foto: Diomício Gomes/O Popular

Daniel Vilela, vice-governador de Goiás e presidente estadual do MDB, em entrevista ao Jornal O Popular nesta terça-feira (04/07), não poupou críticas à gestão de Rogério Cruz (Republicanos) na capital e foi incisivo para dizer que é praticamente zero as chances do seu partido apoiar um possível projeto de reeleição do atual prefeito no ano que vem. “Eu não posso dizer que não exista chance, mas o MDB não vai embarcar em projeto que estamos vendo que administrativamente é incompetente”, frisou.

A um ano e quatro meses da eleição municipal, a gestão de Rogério Cruz enfrenta sérias dificuldades administrativas e também políticas. Numa relação conturbada com a Câmara Municipal, onde enfrenta uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga denúncias na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Cruz tem insistindo em abrir espaços na administração municipal para acomodar indicados de aliados, o que não tem se mostrado eficaz para destravar a execução das obras que se arrastam desde a gestão passada.

Na entrevista, Daniel Vilela repete o que tem sido a reclamação da população goianiense, que vê o adiamento das obras prometidas como um sinal claro de incompetência administrativa da gestão Rogério Cruz. Para Vilela, o prefeito deveria estar focado na entrega dessas obras, a fim de estabelecer um mínimo de confiança da população para que, eventualmente, possa ter condições políticas eleitorais de concorrer à reeleição em 2024.

“Não dão conta de concluir o BRT. A Prefeitura não dá conta de resolver o problema da Praça Cívica. Nem estou dizendo do BRT em si. Eu sempre falo: se a gestão não estiver bem, a política não vai estar. E se a gestão estiver muito bem, a política não dá conta de ficar de fora. Seria natural: os partidos iriam se oferecer para apoiá-lo. O prefeito precisa mudar o foco, precisa se dedicar à cidade, trabalhar pela gestão. Não é ficar procurando partido e dizendo que quer apoio do MDB. O MDB não vai decidir isso agora. Vai decidir isso lá na frente”, pontuou.

O presidente do MDB goiano também falou sobre a relação dos vereadores da sigla com o prefeito Rogério Cruz, e reafirmou que o partido não será desonesto de pegar agora cargo, secretaria e depois não apoiá-lo no ano que vem.

“Se os vereadores querem (cargos), eles que se resolvam lá com o prefeito. O prefeito precisa deles lá na Câmara, então eles que se acertem nesse contexto. O partido não quer. Não vai assumir e muito menos vai pleitear algo agora para chegar lá na frente, a gestão continuar ruim como está hoje, e desfazer um acordo”, frisou.

Candidatura própria

O dirigente partidário reafirmou que o desejo do MDB é ter candidato próprio ao Paço no ano que vem, e que a principal aposta do partido é mesmo o nome de Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador de Goiás Iris Rezende Machado. Segundo Daniel, Ana Paula tem todas as condições, capacidade e experiência de assumir esse desafio, seja pela sua própria formação, seja também porque viveu muitos anos nesse ambiente ao lado do pai.

“É uma decisão pessoal dela de ingressar ou não na política, mas ela sabe que é uma decisão que precisa ser tomada internamente, dela e com o partido, este ano ainda. Acho que logo no início do segundo semestre. Por mais que tenhamos toda uma estrutura política, o MDB, a base do governador Ronaldo Caiado precisa se preparar e ter um planejamento de tudo que envolve uma candidatura majoritária de uma prefeitura de uma capital”, explicou.

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