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Política

Caiado diz que não tem dificuldades de conversar com o PSD, mas lembra que o partido já tem seu candidato

Ao falar sobre possível composição com o partido do senador Vanderlan Cardoso para as eleições municipais em Goiânia no ano que vem, o governador goiano reiterou que nunca deixou de conversar com nenhum partido, e que cada sigla trabalha com o tempo que tem

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Ronaldo Caiao: "Nunca acho que o nome passa na frente das composições partidárias"

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse à coluna Giro, do jornal O Popular, que está avaliando as pesquisas qualitativas para se inteirar do perfil que o eleitorado goianiense pretende eleger nas eleições para prefeito de Goiânia no ano que vem. Segundo Caiado, a política não é um jogo de damas, mas sim um jogo de xadrez e exige estratégias mais apuradas. Sobre um eventual apoio a uma possível candidatura do PSD em Goiânia, o governador disse que nunca teve dificuldades de dialogar com ninguém, mas que é preciso respeitar o fato de que o PSD já escolheu seu candidato.

“Tenho que respeitar que o PSD já tem um candidato. Conversar com o PSD não tenho menor dificuldade, mas isso não quer dizer que, em uma eleição que tem dois turnos, os partidos vão se privar de lançar uma candidatura”, explicou Caiado, que avalia que, numa eleição de dois turnos, é natural que os partidos lancem seus candidatos e guardem as composições para um eventual segundo turno. “É totalmente diferente de uma candidatura de um município onde só tem um turno onde se tem essa necessidade de aglutinar desde o início”, argumenta.

Nos últimos dias, a imprensa local especulou sobre uma possível aliança entre a base governista e o senador Vanderlan Cardoso, hoje presidente do PSD em Goiás. A possibilidade foi levantada, sobretudo, pela reaproximação entre Cardoso e Caiado, relação que estaria abalada desde as eleições do ano passado, quando o senador não retribuiu o apoio que recebeu do governador na eleição municipal de 2020. Embora o PSD tenha apoiado a reeleição de Caiado, Vanderlan preferiu apoiar Major Vitor Hugo (PL), que acabou em 3º lugar na disputa pelo governo. Por conta das discussões sobre pontos da Reforma Tributária, matéria que tramita no Senado, Caiado e Vanderlan estão mais próximos.

Sobre o nome da base, Caiado lembrou que é um político que trabalha sempre para ter o maior número de apoios partidários, o que, na sua avaliação, é essencial para se ter uma candidatura consolidada. Presidente do União Brasil em Goiás, Caiado reforçou que respeita os partidos políticos e que reconhece que cada sigla trabalha com o tempo que tem.

“Todos os partidos estão se mexendo e muitos colocam seus nomes, mas isso não pode ser motivo de você antecipar suas metas. Cada um joga com o tempo que tem. Nunca acho que o nome passa na frente das composições partidárias. Sou pessoa que respeita partido político. Tento trabalhar sempre tendo o maior número de apoios para poder ter candidatura consolidada”, explicou.

Com avaliação positiva em torno de 76% em Goiânia, Ronaldo Caiado é visto por políticos e analistas como um cabo eleitoral que fará a diferença nas eleições para prefeito de Goiânia, por isso seu apoio deve ser disputado com muito empenho pelos principais candidatos e partidos que se lançarão à disputa em outubro do próximo ano.

MDB

O presidente do MDB goiano e vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, corrobora o entendimento do governador Ronaldo Caiado e sustenta que não há nenhum tipo de manifestação de apoio, ou sequer desejo, numa composição com Vanderlan Cardoso neste momento, embora ressalte que isso não quer dizer que as portas estariam fechadas para uma eventual aliança no futuro.

“Não tô dizendo que não é possível [aliança com Vanderlan] e nem que rechaçamos qualquer pessoa ou situação, mas não há qualquer tipo de articulação do governador ou da base nesse sentido”, frisou.

Daniel explica, também, que o encontro com o ex-presidente do PSD goiano, ex-deputado Vilmar Rocha, não foi para tratar de eventual apoio a esse ou aquele candidato, mas uma conversa sobre política entre duas pessoas que se respeitam e se admiram, e que o assunto girou em torno do atual cenário da política goianiense. Para Daniel, as discussões sobre a sucessão municipal na capital estão muito antecipadas, e que o foco no momento é a gestão estadual.

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