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Política

Com isolamento de Gustavo Mendanha (Patriota), Marconi Perillo já fala em candidatura ao governo

Incentivado pelo próprio Marconi Perillo (PSDB) a se lançar candidato ao governo de Goiás nas eleições de outubro próximo, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia se vê isolado politicamente, depois de perder a queda de braço pelo PL para o deputado Major Vitor Hugo, o preferido de Jair Bolsonaro em Goiás. Diante do cenário, o ex-governador tucano já fala em se lançar ao governo para o que seria seu quinto mandato

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Reconhecidamente um dos principais incentivadores da candidatura de Gustavo Mendanha (Patriota) ao governo de Goiás nas eleições de outubro próximo, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), diante do isolamento político experimentado pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, já fala com entusiasmo na possibilidade de se lançar candidato ao governo de Goiás para o que seria o seu quinto mandato à frente do executivo goiano.

Para aliados do tucano, o momento não poderia ser mais propício para Perillo, uma vez que Mendanha, até então considerado o protagonista da oposição goiana, não conseguiu estabelecer alianças partidárias capazes de dar sustentação ao seu projeto político.

Em encontro do PSDB em Quirinópolis no último fim de semana, Marconi admitiu publicamente, pela primeira vez, que pode ser o candidato do partido ao governo de Goiás. O tucano disse que tem sido abordado por correligionários que querem vê-lo disputando o governo e que, diante do atual cenário, principalmente com o ostracismo de Gustavo Mendanha, pode sim disputar a eleição majoritária de outubro próximo.

“Eu posso adiantar uma coisa: nas reuniões políticas, mais de 90% das pessoas querem que eu seja candidato a governador. Cerca de 10% querem que eu seja candidato ao Senado. Nas pesquisas de opinião pública, cerca de 17% e 20% querem que eu seja candidato ao governo e cerca de 25% querem que eu seja candidato ao Senado. Eu sou uma pessoa que não tem medo de desafios, sou competitivo e gosto de ir à luta”, disse o ex-governador.

Marconi Perillo governou o Estado por quatro mandatos e deixou o governo em abril de 2018 para concorrer ao Senado, quando foi apenas o quinto colocado na disputa. Naquele mesmo ano, uma semana depois das eleições, o tucano chegou a ser preso na Operação Cash Delivery, do Ministério Público Federal. Recentemente, no entanto, o ministro do STF Gilmar Mendes anulou as denúncias do MPF/GO e determinou o envio dos autos da ação para a Justiça Eleitoral. Os tucanos comemoraram a decisão como absolvição, mas o processo deve continuar na 135ª Zona Eleitoral.

Uma das grandes dificuldades do tucano, caso resolva mesmo disputar a eleição majoritária para o governo, será explicar as graves irregularidades deixadas por sua gestão ao longo dos últimos quatro anos do seu último mandato. Relatório da área técnica do TCE-GO sobre as contas de governo de 2018 aponta que o Estado, ao final daquele ano, atravessava uma grave situação de descontrole fiscal e financeiro. Várias irregularidades foram levantadas pelos técnicos do Tribunal e que acabaram, inclusive, consubstanciando parecer pela rejeição das contas dos tucanos Marconi Perillo e José Eliton.

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