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Política

Comportamento autoritário isola Gustavo Mendanha dentro do MDB e o distancia de Daniel Vilela. Maioria dos emedebistas apoia aliança com Caiado

Atitudes do prefeito de Aparecida colocam em dúvida sua promessa de fidelidade ao presidente do MDB goiano. Em abril próximo passado, Gustavo Mendanha escreveu em sua conta no Twitter que jamais disputaria uma eleição contra Daniel Vilela e chamou-o de irmão. “Politicamente sou MDB e estou ao lado do meu irmão Daniel Vilela e nunca vou disputar nada com ele”, escreveu.

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Emedebistas avaliam que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que tem questionado publicamente a forma como o presidente da sigla, Daniel Vilela, vem conduzindo o processo de decisão sobre a aliança com o DEM de Ronaldo Caiado para as eleições de 2022, mostra um comportamento autoritário, quando sinaliza que não aceitará outra opção que não seja por candidatura própria e de preferência sendo ele o cabeça de chapa, ainda que uma decisão contrária seja tomada pela ampla maioria das lideranças da legenda.

Segundo seus correligionários, Mendanha vai ficando isolado dentro do MDB ao criticar o entendimento da maioria dos colegas, de que uma composição com Ronaldo Caiado seria a melhor opção para o MDB no momento. “O que causa espécie, nesse caso, é que ele pede que o partido seja ouvido, mas já está decidido a não acatar a decisão da maioria, caso essa decisão contrarie seus objetivos”, diz um emedebista ouvido pelo blog.

Daniel Vilela, tão logo o MDB foi convidado por Caiado para integrar sua chapa majoritária com vistas às eleições do ano que vem, iniciou uma série de reuniões e encontros com as lideranças do partido para, a partir dessa consulta ampla, decidir que caminho seguir.

A grande maioria dos integrantes do MDB goiano, hoje, apoia uma aliança com Caiado. Sobre o comportamento de Gustavo Mendanha, Daniel disse que ele tem todo o direito de defender candidatura própria, mas é preciso que aceite outra decisão do partido que porventura for tomada pela maioria.

O presidente da legenda em Goiás rebateu a crítica do prefeito de Aparecida, que disse que a direção do MDB estaria tomando decisões unilaterais. Segundo Daniel, “decisão unilateral é o que Mendanha está colocando, na medida que descarta qualquer outra decisão que não seja a candidatura dele, antes mesmo do partido se manifestar por completo”.

As fontes ouvidas são unânimes em dizer que, caso Mendanha deixe o MDB, estará escrevendo uma das mais tristes histórias de ingratidão da política goiana. “Gustavo deve tudo ao MDB e a Maguito Vilela. Caso realmente deixe o partido, terá que carregar o fardo da ingratidão pelo resto da vida”, apontam.

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