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Política

“Relação com Caiado é de respeito, de carinho, de cordialidade e muito tranquila”, diz representante do governo Lula

Olavo Noleto, secretário-executivo da Secretaria Nacional de Relações Institucionais, avalia que o governador Ronaldo Caiado tem tido um comportamento republicano, de respeito às instituições e age com legitimidade na defesa dos interesses de Goiás

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Olavo Noleto, secretário-executivo da Secretaria Nacional de Relações Institucionais (Fábio Lima / O Popular)

Em Goiânia para o lançamento do PAC em Goiás, pacote de investimentos do governo federal que deve chegar a R$ 98,5 bilhões no estado, Olavo Noleto, secretário-executivo da Secretaria Nacional de Relações Institucionais, falou sobre a relação do governo Lula com o governador Ronaldo Caiado, hoje um dos protagonistas da política nacional e possível candidato a presidente da República nas eleições de 2026. Segundo Noleto, a relação do governo federal com o governo  Caiado está muito boa, muito cordial e muito tranquila”.

A avaliação de Noleto corrobora não só a realidade administrativa entre os dois governos, como também as próprias falas do governador Ronaldo Caiado, que, em várias entrevistas a veículos da imprensa nacional, tem sustentado sua boa relação administrativa com o governo Lula, não obstante ambos estarem em espectros distintos da política nacional. De acordo com o secretário-executivo do governo petista, Caiado tem agido e se comportado com a legitimidade que o cargo de governador lhe permite, e que eventuais diferenças ideológicas não serão capazes de atravancar os investimentos federais em Goiás.

“Eventuais críticas do governador Ronaldo Caiado ao governo Lula fazem parte do jogo democrático. Quando nós começamos a conversa com Caiado, nós não pedimos nada a ele e continuamos não pedindo nada. A nossa parte nós vamos fazer sempre. Vamos atender Goiás. Ele [Caiado] tem o direito dele, a legitimidade dele”, explicou, em entrevista ao jornal O Popular, quando perguntando como o governo Lula recebia as críticas de Caiado, principalmente, ao texto da Reforma Tributária.

Para o secretário-executivo não há, entre os governos Lula e Caiado, nenhum entrave de natureza política, e que a orientação do presidente Lula é não deixar que as diferenças políticos-eleitorais pautem qualquer demanda administrativa. De acordo com Noleto, o objetivo do governo federal é reconstruir e unir o país. “Queremos que Caiado seja testemunha do trato correto, democrático, republicano que ele está recebendo. Só isso”, pontuou.

Sobre se a pretensão de Ronaldo Caiado concorrer à sucessão presidencial em 2026, fato já admitido pelo próprio governador goiano em várias entrevistas, poderia, de alguma forma, afetar a até então boa relação administrativa entre o governo Lula e o governo Caiado, Olavo Noleto foi categórico ao dizer que não. Para o secretário, a pretensão de Caiado é absolutamente legítima e até crucial para o fortalecimento da democracia brasileira. Para o representante do governo Lula, é fundamental que as forças democráticas se movimentem.

“Nós queremos que as forças democráticas se movimentem, se fortaleçam. Quando chegar 2026, a gente discute 2026. Esperamos, no entanto, que as forças políticas não façam a negação da política, como fez Bolsonaro. A negação da política jogou o País no submundo, no ostracismo, virou pária internacional. Eu tenho certeza de que o Caiado não fará isso. Se ele for candidato, lá em 2026, a gente discute as eleições, ele com a legitimidade dele, nós com a nossa. Agora é respeito, é carinho, inclusive”, explicou.

Sobre a relação com a bancada federal de Goiás, Olavo Noleto disse que não tem ninguém brigando com o governo e que o diálogo tem prevalecido, sobretudo com aqueles que de fato têm um comportamento de respeito à democracia. “Está cada dia mais lindo, mais cor-de-rosa. Não tem ninguém brigando com a gente, considerando com os quais a gente dialoga. A gente só não conversa com quem atira pedra em avião e vive de fake news. O resto todo mundo conversa, dialoga e alguns apoiam. Está tudo bem”, disse, numa crítica velada aos extremistas que insistem na oposição raivosa ao governo.

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