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Com 553 homicídios em 2015, Goiânia deve permanecer entre as 30
cidades mais violentas do mundo.

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Umas das marcas mais nefasta da administração tucana em Goiás tem sido, sem dúvidas, a insegurança pública, cuja consequência é um número absurdo de homicídios em todo estado e, principalmente, na capital, Goiânia. Sem investimentos na área e um efetivo policial, tanto militar quanto civil, abaixo do mínimo necessário, a violência explodiu no estado. Em 1998 o estado era apenas o 18º mais violento do país e em 2014 alcançou a triste 4ª colocação no ranking dos estados onde mais se mata no Brasil.

Segundo dados divulgados pelo Observatório de Segurança da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSP-GO), foram registrados 553 homicídios dolosos em Goiânia no ano de 2015. Os números, entretanto, não levam em consideração as mortes inicialmente registradas como tentativa de homicídios, mas que evoluíram para homicídios em data posterior. A estatística oficial também não considera homicídio o crime de latrocínio, que é o crime onde o bandido mata para roubar. Até outubro o número de latrocínios em Goiânia era de 18 ocorrências.

Em relação a taxa de homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes, metodologia utilizada pela Organização Mundial da Saúde para análise de indicadores de violência e criminalidade, Goiânia alcançou 39,5 mortes por 100 mil moradores, quase 4 vezes mais a aceitável pela OMS, que é a de 10 mortes/100 mil habitantes.

A Polícia Militar do Estado de Goiás tem hoje o mesmo efetivo que possuía há 16 anos atrás, quando a taxa de homicídios era de 13 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. Já a Polícia Civil, que em 1998 tinha um efetivo de 6 mil policiais, hoje conta com apenas 3 mil policiais e uma estrutura muito aquém do mínimo aceitável para o bom desempenho das atividades policiais. Enquanto o efetivo policial diminuiu, a população goiana cresceu cerca de 50% nesse período.

A desvalorização dos agentes de segurança pública do Estado ficou patente no último mês de 2015, quando todos os servidores da segurança pública paralisaram suas atividades por 24 horas em protesto ao descumprimento de acordo firmado com o Governo de Marconi Perillo (PSDB), que postergou a reposição salarial a que teriam direito em novembro e dezembro. Nova lei aprovada pela maioria governista na Assembleia Legislativa prorrogou a reposição dos servidores da segurança para 2018. Tudo isso tem contribuído para os péssimos indicadores da violência em Goiás e em Goiânia.

 

 

 

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