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Política

Aparecida de Goiânia é contra subsidiar o transporte coletivo para manter tarifa do usuário sem aumento

De acordo com levantamentos sobre a reestruturação do sistema de transporte coletivo da região Metropolitana de Goiânia, os entes públicos envolvidos (Estado de Goiás, prefeituras de Goiânia, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia) devem aportar entre R$ 30 milhões e R$ 60 milhões por mês a título de subsídios para manutenção do sistema, evitando assim alteração de tarifa para o usuário.

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Na contramão dos municípios de Goiânia e Senador Canedo, Aparecida de Goiânia diz que a Lei aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás que cria o novo sistema de transporte coletivo da região Metropolitana da capital seria inconstitucional e não parece disposta a arcar com a sua parcela de responsabilidade no projeto, cujo maior objetivo é garantir que o usuário do transporte coletivo tenha uma melhor prestação dos serviços, garantindo subsídios às empresas concessionárias.

Na prática, a nova lei reestrutura a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) e também a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), consolida a CMTC como uma companhia de abrangência metropolitana e define a política tarifária. A lei estabelece, também, a diferença entre a tarifa técnica (R$ 7,05), que é aquela necessária para a efetiva prestação dos serviços pelas concessionárias, e a tarifa pública (R$ 4,30), valor que será cobrado do usuário.

Com a nova legislação, a estrutura de transporte coletivo da região Metropolitana será mantida com as seguintes participações: estado de Goiás, 41,2%; município de Goiânia também com 41,2%; Aparecida de Goiânia, 9,4%; e Senador Canedo, 8,2%. Embora alegue dificuldades para subsidiar o valor que lhe cabe, a prefeitura de Senador Canedo busca alternativas para contribuir e não prejudicar a cidade e nem os usuários.

Já a Prefeitura de Aparecida de Goiânia alega que não teria sido chamada a participar das discussões sobre a reestruturação do sistema, o que é negado pelo Governo de Goiás, que diz que todos foram chamados para debater as novas regras e que todas as alegações sobre o projeto deveriam ter sido feitas antes da votação na Assembleia. O secretário de Fazenda do município de Aparecida, André Rosa, alega inconstitucionalidade da lei e diz que a procuradoria do município estuda uma ação judicial.

O secretário Estadual da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, no entanto, critica a postura de Aparecida de Goiânia. Segundo ele, não há absolutamente nada de ilegal no novo ordenamento e sugere que o município de Gustavo Mendanha busca criar fatos que não condizem com a realidade, com o intuito de não assumir sua cota de responsabilidade no sistema. “É melhor ser franco e dizer que quer repassar esse custo do sistema para o usuário”, diz.

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