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Política

Vanderlan Cardoso (PSD) diz que volta das coligações partidárias é um retrocesso e que proposta pode não passar no Senado

Segundo o senador goiano, o Congresso deve olhar pra frente e não para o próprio umbigo. A volta das coligações partidárias foi aprovada em 1º turno na Câmara dos Deputados no último dia 12, depois de acordo entre os líderes que resultou na rejeição do distritão.

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Em entrevista ao Jornal Estadão, nesta sexta-feira (13), o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) avaliou que a volta das coligações partidárias será um retrocesso do sistema eleitoral brasileiro. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a volta do sistema extinto foi aprovada em 1º turno pela Câmara, nesta quinta-feira (12).

“O fim das coligações foi um avanço e não podemos retroceder. O Congresso não pode olhar para o umbigo. Tem de pensar no futuro e na credibilidade do nosso sistema eleitoral”, disse Vanderlan.

Para o senador goiano, se chegar ao Senado, a proposta não ganhará coro entre os parlamentares. “A proposta de volta de coligações tem muita resistência no Senado Federal. Realmente, não vejo com bons olhos essa proposta, que é um retrocesso para o sistema eleitoral”, avaliou.

Volta das coligações – A PEC aprovada em primeiro turno, na Câmara, prevê a retomada das coligações partidárias – que foram descartadas em 2017, em uma emenda à Constituição, após amplo debate no Congresso.

A volta das coligações favorece a proliferação das chamadas “legendas de aluguel” – partidos sem ideologia, que se reúnem em torno de figurões políticos para barganhar apoio no parlamento.

Atualmente, o Brasil tem 33 partidos formalmente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número vem crescendo desde a redemocratização e, hoje, dificulta a chamada “governabilidade” do país – o governo precisa negociar com cada vez mais lideranças, o que favorece o chamado “toma-lá-dá-cá”.

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