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Política

Gustavo Mendanha deve ser sondado sobre a possibilidade de concorrer à Câmara Municipal de Goiânia

De volta ao MDB, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia estaria impedido de concorrer à prefeitura de Goiânia em 2024 por vedação imposta pela legislação vigente. Para os correligionários, Gustavo Mendanha poderia ajudar o partido a formar uma bancada forte no legislativo da capital, além de contribuir para melhorar a política goianiense

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Caso seja mantida a vedação jurídica que o impede de concorrer à prefeitura de Goiânia em 2024, Gustavo Mendanha poderia disputar uma cadeira na Câmara Municipal

Com retorno acertado ao MDB, partido que o projetou para a política e do qual havia saído em setembro de 2021, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha não deve mesmo reunir condições jurídicas para disputar a prefeitura de Goiânia no ano que vem, avaliam especialistas. A legislação vigente e a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) vedam um terceiro mandato consecutivo de prefeito, ainda que em municípios distintos, o que seria o caso de Mendanha. Diante disso, os futuros correligionários de Mendanha consideram consultá-lo sobre a possibilidade de concorrer a uma cadeira na Câmara Municipal de Goiânia nas próximas eleições.

De acordo emedebistas simpáticos à ideia, ouvidos pelo Blog, com a sua popularidade e apelo eleitoral também em Goiânia – o ex-prefeito lidera a maioria dos levantamentos de intenção de voto para o Paço em 2024 -, Gustavo Mendanha seria capaz de contribuir com a chapa proporcional do MDB na capital, e, com uma votação expressiva, elevar o quociente partidário. “Acreditamos que o Gustavo tenha votos além do quociente eleitoral, o que contribuiria para que o partido tivesse quociente partidário suficiente para eleger mais cadeiras na Câmara”, avaliam.

O movimento que começa a tomar corpo dentro do MDB entende que o ex-prefeito de Aparecida poderia pleitear a presidência da Casa e assumir uma posição de destaque na política municipal da capital, ajudando sobremaneira a resgatar as boas práticas políticas no município, restabelecendo o equilíbrio da relação Paço/Legislativo. Ademais, relembram, Mendanha poderia repetir Jorge Kajuru, que, eleito o vereador mais bem votado de Goiânia em 2016, foi eleito senador da República em 2018.

“Não seria demérito algum para o Gustavo Mendanha, caso ele concorresse à Câmara Municipal, pelo contrário. Ele teria um papel muito importante nesse processo de resgate do equilíbrio que a política goianiense está a reclamar. Como presidente do legislativo municipal, ele ajudaria muito Goiânia e seu povo, e depois poderia, perfeitamente, se candidatar ao Senado em 2026”, explica um emedebista.

Esse assunto, no entanto, ainda não foi discutido nem entre a cúpula do partido e, nem tampouco, pelo próprio Gustavo Mendanha, que prefere aguardar a decisão do TSE sobre a consulta que fez ao tribunal. A princípio, o parecer técnico do TSE apontou para a impossibilidade do ex-prefeito concorrer à prefeitura de Goiânia no ano que vem. A peça que instruirá o voto do ministro Ramos Tavares mantém o entendimento pacificado no tribunal, de que um terceiro mandato consecutivo caracterizaria a figura do prefeito itinerante, o que fere a Constituição.

Ao comentar sobre o parecer, Mendanha disse que a peça é idêntica à emitida pelo corpo técnico do TSE em consulta semelhante feita pelo PL. “É o esperado no primeiro momento. A regra é que não pode. O momento é de a gente fazer a defesa, o contra-argumento”, explica.

 

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