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Política

Caiado repudia invasão da Alego e diz que arruaceiros não representam o setor agropecuário

O Plenário da Casa de Leis goiana foi invadido por supostos produtores rurais na última terça-feira (22/11), quando os deputados se preparavam para votar projeto de lei que cria o Fundo de Infraestrutura do Agronegócio (Fundeinfra). Segundo o governador de Goiás, a invasão foi uma ação orquestrada por gananciosos que acham que podem comprar tudo com dinheiro

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), falou sobre o episódio de invasão do plenário da Assembleia Legislativa de Goiás, quando um grupo de supostos produtores rurais, usando de violência, tomaram o plenário da Casa na última terça-feira (22/11) e impediram que a sessão ordinária que discutia projeto de autoria do Governo fosse votado. Os manifestantes estariam inconformados com a tramitação do projeto de lei que cria o Fundo de Investimento em Infraestrutura em Goiás (Fundeinfra), uma contribuição optativa e temporária, de até 1,65%, incidente sobre alguns produtos agropecuários, como soja, milho, cana-de-açúcar, carnes para exportação e minérios.

Para Caiado, a ação antidemocrática, jamais vista no Estado de Goiás, não teria sido promovida por quem de fato representa o setor agropecuário. De acordo com o governador, a violência vista na Alego teria sido motivada pela ganância de atravessadores endinheirados, os quais, valendo-se do poderio econômico, mandaram que “peões” praticassem a balbúrdia naquele espaço reservado à democracia.

“É o comportamento de um ganancioso que acha que com o dinheiro e com seus peões pode amedrontar os deputados. Sempre fui duro, mas sempre me curvei ao debate e ao painel. Nunca me propus a invadir plenário. Isso aí não representa a agropecuária de Goiás. Aquela cena representa um grande chefe de trading, que é o Rubinho, e seus peões. Tá comprando o mundo inteiro e levou os peões dele para fazer a agressão”, disse o governador à Coluna Giro, do jornal O Popular. O “Rubinho”, citado por Caiado, seria Rubens Prudente, da Ouro Branco Agronegócios.

Ronaldo Caiado voltou a defender o Fundeinfra e ratificou que os recursos serão utilizados em prol do próprio segmento por meio de investimentos em infraestrutura, assim como já existe em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão. O chefe do executivo goiano explicou que não se trata de uma contribuição definitiva, mas temporária. “Tem uma duração de quatro anos”, comentou ao indicar que, até lá, o Estado vai recuperar sua capacidade de arrecadação em face das recentes perdas devido à redução da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, energia elétrica e outros.

A invasão ao plenário da Alego interrompeu a votação de terça-feira, mas ontem, 23/11, a sessão foi retomada e o projeto finalmente aprovado em segunda votação por 22 votos a favor e 14 contra. Caiado também reafirmou que a contribuição não vai alcançar produtos da cesta básica e nem tampouco a produção da Agricultura Familiar.

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