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Política

Caiado sanciona lei que dá o nome de Dona Íris de Araújo a trecho de rodovia goiana

A homenagem foi proposta pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto (União Brasil). A promulgação da lei foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 26 de outubro, e denomina de Íris de Araújo Rezende Machado trecho da GO-462

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Dona Íris de Araujo foi deputada federal por dois mandatos e uma das mulheres mais proeminentes da política goiana

Foi sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) a lei 22.352 que denomina de Íris de Araújo Rezende Machado o trecho da Rodovia GO-462 que liga o Bairro Shangry-lá ao Residencial Orlando de Morais, em Goiânia. A homenagem foi proposta pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto (União Brasil). A sanção do governador foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 26 de outubro.

Nas suas justificativas para a homenagem, Bruno Peixoto elenca a história política de Dona Íris, como era conhecida, e cita as obras sociais que ela encampou enquanto primeira dama do Estado de Goiás. Casada com Iris Rezende Machado, ex-governador de Goiás por dois mandatos e ex-prefeito da capital por quatro vezes, Dona Íris foi a fundadora e primeira presidente da Fundação Legionárias do Bem-Estar Social, na Prefeitura de Goiânia, entre os anos de 1966-1969. Em 1976, Dona Íris rifou um fusca de sua propriedade e doou todo o valor arrecadado para início das construções da primeira maternidade pública de Goiânia, a Maternidade Dona Íris, construída na Vila Redenção.

Dona Íris nasceu em Três Lagoas, em 7 de maio de 1943. Casou-se com Iris Rezende em dezembro de 1964 e tiveram três filhos. Formou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Goiás em 1978. Atuante na política, Dona Íris participou ativamente da campanha do marido para o governo de Goiás em 1982. Em 1983, liderou um grupo de mulheres no maior mutirão humano da história, cujo feito foi a construção de mil casas em um único dia. Em 1984, foi a única mulher a discursar no grande comício das Diretas Já, na Praça Cívica em Goiânia, um dos principais eventos que precederam a redemocratização do país.

Entre 1995 e 1998 Dona Íris dirigiu o MDB goiano, período em que abriu as portas do partido para as mulheres. Por quase um ano, entre 2009 e 2010, ela foi presidente do MDB nacional, e novamente emprestou sua figura para que as mulheres tivessem referência na luta pela igualdade e respeito no meio político. Como suplente de Maguito Vilela, por duas ocasiões, em 2003 e 2006, Dona Íris assumiu o mandato de senadora. Em 1994, integrou a chapa majoritária do MDB para a presidência da República, sendo a primeira mulher a disputar a eleição presidencial. Em 2006, foi eleita a deputada federal mais bem votada do Estado, em 2010 foi reeleita em votação recorde.

Dona Íris morreu em Goiânia no dia 21 de fevereiro deste ano, pouco mais de um ano depois da morte do marido, Iris Rezende Machado. Eles foram casados por 57 anos.

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