A vereadora do município de Aparecida de Goiânia, Camila Rosa (PSD) e agora pré-candidata a deputada federal, declarou que vai apoiar o projeto de reeleição do atual governador Ronaldo Caiado (UB). Antes aliada de Gustavo Mendanha, ex-prefeito da cidade, Camila Rosa diz que se decepcionou com a falta de solidariedade do agora pré-candidato ao governo de Goiás pelo Patriota, que desde a violência que sofreu na Câmara, em março deste ano, nunca recebeu dele uma declaração pública de apoio.
Camila se refere ao episódio em que o presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza, durante sessão plenária da Casa, intrigado com a posição da vereadora em defesa das mulheres e contra o machismo, mandou cortar o seu microfone, impedindo-a de manifestar a sua posição sobre o tema. O episódio foi entendido pela Polícia Civil, onde Camila registrou ocorrência, como crime de violência política contra a mulher, previsto no artigo 326-B do Código Eleitoral. Na oportunidade, Camila disse que a violência sofrida por ela era uma violência cometida contra todas as mulheres de Aparecida e de Goiás.
Segundo a vereadora, embora aliada de Gustavo Mendanha, ela jamais recebeu uma declaração sequer de apoio e de solidariedade pelo ocorrido, nem do então chefe do executivo municipal, nem tampouco da sua esposa, a primeira dama da época, Mayara Mendanha. Ao contrário, diz, Mendanha assumiu publicamente a defesa de André Fortaleza, corroborando a versão machista apresentada pelo chefe do legislativo aparecidense.
Por meio de sua assessoria, Camila Rosa disse, também, que seu apoio declarado publicamente ao governador Ronaldo Caiado ocorre naturalmente, por questões de afinidade com o projeto apresentado pelo pré-candidato do União Brasil e por acreditar que esse realmente é o melhor caminho para Goiás. Segundo Camila, ela não abandonou Gustavo Mendanha, ao contrário, ela teria sido abandonada pelo pré-candidato do Patriota, quando este assumiu, publicamente, a defesa de André Fortaleza.
Para surpresa de entidades representativas e até do judiciário, o MP Eleitoral arquivou o inquérito policial que havia indiciado Fortaleza por crime de violência política contra a mulher.
