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Política

Lêda Borges diz que Marconi Perillo não deve disputar eleições municipais em 2024

Única representante do tucanato goiano na Câmara Federal, a deputada avalia que o ex-governador, por seu histórico de disputas eleitorais, não deve ser candidato nas eleições municipais de 2024. A parlamentar também falou sobre o processo de desidratação do partido, e disse que isso faz parte de um movimento cíclico, portanto natural do ponto de vista político. Segundo ela, isso não quer dizer que o PSDB esteja caminhando para o fim

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Lêda Borges foi a única deputada federal eleita pelo PSDB goiano. Ela obteve 51.346 votos

A deputada federal Lêda Borges, única representante do PSDB goiano na Câmara dos Deputados, assegurou, em entrevista ao jornalista Jackson Abrão, do jornal O Popular, que o ex-governador Marconi Perillo, um dos principais representantes da legenda em Goiás, não vai deixar o partido, possibilidade que chegou a ser ventilada pela imprensa goiana nos últimos dias. Segundo a parlamentar, Marconi tem recebido convites de vários partidos, mas estaria decidido a permanecer no PSDB.

Lêda disse, também, que acredita que o ex-governador tucano não deve disputar as eleições municipais de 2024. Há especulações de que Marconi poderia disputar a prefeitura de Goiânia, mas essa possibilidade é descartada pela deputada.

“Eu nunca vi o ex-governador disputando eleições de dois em dois anos. Se a gente observar o histórico, a vida pública de Marconi Perillo, veremos que ele tem disputado eleições de quatro em quatro anos. Eu não creio que ele vai disputar eleição municipal, mas eu creio que ele participará do processo político em 2026, em Goiás”, apostou.

Embora admita um processo de desidratação do PSDB a nível nacional, Lêda Borges disse que não vê riscos do PSDB acabar, nem a nível estadual, nem a nível nacional. Segundo a tucana, o partido tem um legado nacional histórico e que, portanto, não corre esse risco. Ela avalia que o fato da legenda ter eleito três governadores nas últimas eleições é uma garantia de que o partido vai superar o que ela chama de movimento cíclico partidário.

“Esse é um processo cíclico. A partir do momento que você deixa de lançar candidato a presidente da República você tem essa desidratação do partido. Mas nós entendemos que esse é um momento cíclico do PSDB, que leva a essa desidratação natural, principalmente num momento em que o país está absolutamente polarizado. Agora, com a eleição de três governadores de estados importantes (Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco), nós vamos nos recuperar e na próxima eleição nós já teremos uma nova estrutura de representatividade no Congresso”, espera.

Comando nacional

Em visita a Goiânia no último dia 26/01, quando recebeu o título de cidadão goiano em solenidade na Assembleia Legislativa de Goiás, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que deve assumir a presidência do PSDB em maio próximo, fez um discurso de renovação e reposicionamento político do partido. Com esse objetivo destacado, Leite não garantiu a Marconi um assento na Executiva Nacional, preferindo dizer que ele pode contribuir com ou sem posição efetiva. Esse fato aumentou as especulações em torno de uma possível saída de Perillo da legenda.

Ao falar do reposicionamento da sigla, que perdeu relevância em todo o País, Eduardo Leite frisou que não basta ao PSDB dizer que “não é nem Lula e nem Bolsonaro. É preciso dizer o que a gente defende, dizer à população que defendemos um caminho alternativo a essa polarização”. Na contramão, o ex-governador de Goiás pertence à ala tucana que defende aproximação com o governo do presidente Lula.

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