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Política

“Momento é de trabalhar pelo social”, diz Gracinha Caiado sobre possível candidatura ao Senado, em 2026

Coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), Gracinha foge ao estereótipo de outras primeiras damas que a antecederam, e tem se destacado como uma efetiva colaboradora das políticas sociais empreendidas pelo governo de Ronaldo Caiado.

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Primeira dama Gracinha Caiado foi a entrevistada do programa Jackson Abrão Entrevista, do jornal O Popular - Foto: André Saddi

A primeira dama de Goiás, Gracinha Caiado, disse que, antes de uma decisão sobre possível candidatura ao Senado, em 2026, está inteiramente imbuída no propósito de realizar com excelência as políticas sociais implementadas pelo Governo de Goiás nesses quase cinco anos de mandato do marido, o governador Ronaldo Caiado (UB). Coordenadora do Gabinete de Polícias Sociais (GPS), órgão responsável pelo acompanhamento das políticas e ações sociais prioritárias do governo, Gracinha é apontada, nos bastidores, como nome certo e muito forte para disputar a Câmara Alta em 2026.

“Eu acho que nessa vida a gente não pode suprimir etapas, e na política não é diferente. O que eu devo fazer agora é trabalhar todos os dias no que eu venho trabalhando, que tem dado certo, que tem dado resultado na vida das pessoas, que é o que mais interessa. Goiás, hoje, é referência nacional na política social. Então, entendo que não devemos suprimir etapas. Em 2024 tem uma eleição importante e que vai decidir o que vai ser a eleição de 2026”, ponderou em entrevista ao jornalista Jackson Abrão, do jornal O Popular.

Gracinha não negou, no entanto, que, assim como toda e qualquer política, tem sim o desejo de um dia integrar o parlamento, principalmente o Senado Federal. “Não há como negar, e quem o faz está mentindo. Todo mundo que trabalha com política tem essa vontade, sem dúvidas”, disse ao responder sobre uma possível candidatura em 2026. Embora comedida, a primeira dama vê como natural o desejo de disputar uma cadeira no parlamento, tendo em vista sua convivência com Ronaldo Caiado há mais de 30 anos.

A primeira dama também defendeu uma eventual participação de Caiado na eleição presidencial de 2026, uma aposta que cresce no cenário político não só goiano, mas nacional. Tido como um dos principais protagonistas do espectro da direita, o atual governador goiano tem se destacado nas discussões sobre a Reforma Tributária, texto já aprovado na Câmara, que agora deve ser debatida no Senado. Para a primeira dama, o Brasil teria muito a ganhar com Ronaldo Caiado presidente da República.

“Ronaldo é uma pessoa que sempre trabalhou com muita garra e dedicação em tudo que faz. Ele ama Goiás e tem colocado o Estado como referência no Brasil em matéria de segurança pública, economia, programas sociais, equilíbrio fiscal, e tudo que ele faz. E não seria diferente como presidente da República”, pontuou.

Mostrando maturidade política, ao responder sobre se buscaria aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro para uma eventual candidatura ao Senado, Gracinha ensinou que, em se tratando de política, não se pode desmerecer nenhuma liderança, e elencou o comportamento republicano que o governador Caiado tem adotado em relação ao governo Lula.

“Apesar dos revés jurídicos, Bolsonaro é uma grande liderança política no Brasil, e o presidente Lula ganhou a eleição. Então, o que Ronaldo faz é respeitar a democracia e o resultado das urnas, focado em trabalhar pelo melhor para a população goiana. Agora, se você perguntar quem é Gracinha, é Bolsonaro ou Lula, eu vou dizer: eu sou caiadista. Sou Caiado, e é esse nome que defendo, é nesse nome que acredito”, frisou.

Com atuação efetiva na execução das ações sociais do governo de Goiás, Gracinha Caiado tem fugido do estereótipo de outras primeiras damas que a antecederam, e entregado resultados condizentes com as políticas implementadas. Segundo a coordenadora do GPS, mais importante do que rótulos, é fazer com que a população que efetivamente necessita seja contemplada com essas políticas.

“Tenho trabalhado todos esses programas com estudo, com técnicas e não com achismos. Porque é importante ter compreensão de quando podemos romper esse ciclo da pobreza, para que as pessoas não vivam ali sempre recebendo a transferência de renda, recebendo a bolsa. É claro que essas pessoas que vivem na extrema pobreza, em um determinado momento da vida, precisam dessa ajuda, mas nós fazemos isso com foco, para que essas pessoas possam romper com o ciclo da pobreza”, explicou, citando programas como o Mães de Goiás, Programa Universitário do Bem (ProBem) e o Crédito Social.

Mulheres na política

Gracinha Caiado lembrou que iniciou sua carreira nos movimentos políticos classistas. Aos 25 anos, órfão de pai e produtora rural, foi a única mulher a integrar a executiva da União Democrática Ruralista (UDR), entidade criada na década de 1980 e liderada por Caiado, que congregava os produtores rurais em defesa de pautas fundamentais para o setor, como a propriedade privada, que mais tarde foi incluída na Constituição de 1988.

“Era uma época difícil, o produtor rural era muito estigmatizado no Brasil, eu produtora rural, e os homens perguntavam o que eu estaria fazendo ali. Mas nós, mulheres, quando assumimos esses desafios, entramos com garra, mas temos que ter um conhecimento muito grande sobre o que estamos fazendo, porque a gente, sem dúvidas, é muito mais questionada do que os homens que estão ali”, avalia.

A primeira dama defende que a mulher pode estar onde ela quiser, embora reconheça que ainda há muito o que se evoluir nesse sentido. Ela citou como avanços na emancipação das mulheres em Goiás, o fato de que vários cargos importantes na administração direta do governo de Ronaldo Caiado são ocupados por mulheres, como a Secretaria de Economia, Meio Ambiente, Educação, OVG, e até recentemente a Procuradoria-Geral.

Sobre as eleições municipais em Goiânia no ano que vem, Gracinha foi direta ao defender que tanto ela quanto Caiado irão apoiar a advogada Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende, caso ela decida concorrer ao pleito. A emedebista é a principal aposta do MDB, partido do vice-governador Daniel Vilela, para disputar a prefeitura da capital no ano que vem.

Sem dúvidas, é um nome reconhecido, sobretudo pela história do seu pai no Estado de Goiás. A eleição em Goiânia tem um peso muito forte, vai ser debatida, discutida, mas antes de tudo, seja quem for o candidato ou a candidata, tem que querer, né? Se a Ana Paula quiser, se ela se propuser a concorrer, não há dúvidas de que nós vamos trabalhar juntos para que ela tenha sucesso”, prometeu.

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