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Política

Acordos nacionais devem ditar rumos da oposição em Goiás. Partidos trabalham por palanques para candidatos a presidente no Estado

Com esse objetivo, partidos dos principais pré-candidatos a presidência buscam lançar nomes para governador, ainda que esses pretensos candidatos não tenham chances de vitória na majoritária local

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A supremacia que as alianças partidárias a nível nacional terá sobre os partidos nos estados, somada ao fim das famigeradas coligações partidárias, abolida pela minirreforma eleitoral de 2017, aponta para uma oposição dispersa em Goiás nas eleições de outubro próximo.

As movimentações dos partidos em busca de alianças para consolidação dos seus candidatos à presidência da República e também para formação de federações, que se caracteriza pela união de duas ou mais legendas, como se fossem um único partido, têm dominado o cenário político no país e o reflexo disso em Goiás é uma oposição dividida, sem sinais de união para formação de chapa com viabilidade eleitoral capaz de derrotar a situação.

A polarização da disputa para presidente da República, com o esforço das demais legendas para construção de uma terceira via capaz de furar a bolha Lula/Bolsonaro, força os partidos nos estados a lançarem candidaturas majoritárias ao governo, principalmente, para construir palanques para os postulantes ao Planalto. É o caso do PL, de Jair Bolsonaro, que busca um candidato 100% comprometido com o projeto nacional, ainda que suas chances de ganhar a eleição em Goiás sejam remotas.

No PSDB, de João Doria, a situação é a mesma, o que vai forçar o partido a ter seu próprio candidato ao Palácio das Esmeraldas. Já o PT, do ex-presidente Lula, que lidera todas as pesquisas de intenções de voto até agora, estuda se unir em federação com o PSB e outros partidos de centro-esquerda. A federação terá seu próprio candidato ao governo, mas a intenção primeira é dar palanque para o petista em Goiás.

Enquanto isso, o Podemos do ex-juiz Sérgio Moro ainda discute propostas e uma das possibilidades é uma aliança com o União Brasil, partido que nasce da fusão do DEM com o PSL.

Neste cenário, a reeleição de Ronaldo Caiado vai se revelando plebiscitária, sem adversários que reúnam densidade eleitoral e/ou estrutura de campanha necessárias e suficientes, como nomes, tempo de TV, alianças partidárias e fundo eleitoral, para uma disputa desse nível. Já os partidos que não terão candidatos a presidente priorizam as eleições proporcionais e nesse ínterim a estratégia é buscar proximidade com a chapa majoritária com maior estrutura eleitoral e capilaridade.

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