Entre em contato

Artigo de Opinião

Psicopatia, ignorância e/ou mau caratismo explicariam movimento antivacinas no Brasil

A comunidade científica, governos e pessoas do povo se perguntam atônitos qual a lógica de um movimento para criminalizar a vacina contra a Covid-19 em plena pandemia e uma estatística desalentadora no que diz respeito ao número de mortes decorrentes da doença, principalmente em crianças? A resposta que melhor explicaria essa campanha insana seria que esses divulgadores de fake news podem estar doentes do ponto de vista patológico e moral

Publicado

on

O Brasil, infelizmente, prejudicado pela campanha insana do presidente da República, Jair Bolsonaro, que desde o início da pandemia no Braisl, em março de 2020, assumiu o lado de negação à ciência, passa por um processo de negacionismo e criminalização das vacinas contra a Covid-19 impensável em qualquer outra parte do mundo civilizado.

Mesmo tendo experimentado mais de 620 mil mortes causadas pela doença, números que caíram expressivamente depois do início tardio da campanha de vacinação, a população brasileira é bombardeada diariamente por notícias falsas que têm o único objetivo de conturbar o processo de imunização e de controle da pandemia e que, inacreditavelmente, é uma atividade que tem o apoio explícito do presidente da República.

Mas o que explicaria essa insana campanha contra as vacinas, mesmo tendo elas, as vacinas,  indiscutivelmente, salvado milhares de vidas e contribuído para estabilizar a pandemia, no que diz respeito ao número de óbitos? A explicação, porém, não tem uma resposta pronta.

Especialistas que já arriscaram a comentar o comportamento de Jair Bolsonaro, que incentiva seus seguidores a fortalecer essa campanha de criminalização das vacinas, avaliam que o motivo de tão insana campanha pode estar ligada a uma forma de psicopatia, que se caracteriza pelo transtorno de personalidade que leva a pessoa não ter consciência das consequências de suas ações.

O psicopata, também, apresenta uma deficiência da capacidade de sentir empatia, sentimento e emoções reais por outros indivíduos. Ademais, envolve uma busca constante pelo prazer pessoal, mesmo que isso acarrete danos a terceiros.

Outros especialistas citam a ignorância dessas pessoas como elemento principal para a disseminação de notícias falsas sobre a vacina. Sem conhecimento de causa, mas induzidos pela idolatria que o sentimento dispensado ao “mito” maximiza, essas pessoas acabam assumindo como verdade as mentiras disseminadas pelo líder maior e seus asseclas e aí repetem isso à exaustão nas redes sociais, muitas vezes criando uma nova mentira para dar maior verossimilhança à versão do ídolo.

Por outro lado, as pessoas que disseminam notícias falsas sobre as vacinas, plantando o medo e o pânico nas pessoas, criando factoides e disseminando mentiras sobre os imunizantes, como por exemplo, dizendo que são experimentais e que causam mortes, podem ser apenas pessoas com desvio de caráter, os chamados maus caracteres, que, embora não sejam um psicopata, sentem-se realizados em causar histerias e preocupações. No entanto, como os psicopatas, não se importam com o fato de estarem contribuindo para mais mortes. O mau caráter e ignorante estaria ainda mais propenso à divulgação de mentiras sobre as vacinas, ações altamente deletérias para o público infantil.

De acordo com levantamento da Vital Strategies – organização global composta por especialistas e pesquisadores com atuação junto a governos – o total de mortes na faixa etária entre zero e 11 anos no Brasil, incluindo os casos subnotificados, chegaria a mais de 4 mil óbitos. O estudo aponta que entre crianças de zero e 4 anos o número de mortes por Covid-19 é de 3.249 brasileiros.

Autoridades sanitárias e pesquisadores têm chamado a atenção para que as pessoas não acreditem em divulgações antivacinas e/ou que tratam os imunizantes como risco à saúde dos pacientes. Esses organismos, bem como toda comunidade médica do país, tem atestado a eficácia e segurança das vacinas contra a Covid-19. Eles orientam que os internautas busquem nos sítios de entidades internacionais sérias, como OMS, Anvisa e publicações acadêmicas, informações que visam combater as fakes news sobre vacinas no Brasil.

 

Copyright © 2020 - Nos Opinando - Liberdade de opinião em primeiro lugar.