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Política

Ronaldo Caiado é o nome da vez do grupo da direita para o Planalto em 2026, diz colunista

Para Tales Faria, do portal UOL, a mudança na executiva do União Brasil, que culminou com a saída de Luciano Bivar da presidência, serviu como uma espécie de pré-lançamento informal da candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a presidente da República em 2026

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Com a inelegibilidade de Bolsonaro e a pretensão de Tarcísio de Freitas de disputar a reeleição em São Paulo, Caiado é visto como o principal nome da direita para 2026

Ao analisar o cenário político no que diz respeito ao espectro da direita brasileira, o colunista do portal UOL Tales Faria avalia que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), o mais bem avaliado do Brasil, segundo pesquisas, é o nome da vez para disputar o Planalto em 2026 em oposição ao presidente Lula (PT).

Segundo Tales, a eleição da executiva nacional do União Brasil, partido de Caiado, não selou apenas a decisão de afastar do cargo o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar, mas também serviu como uma espécie de pré-lançamento informal do goiano a presidente da República.

O colunista se refere à eleição realizada no último dia 29 de fevereiro, quando a executiva nacional do União Brasil elegeu, por unanimidade, o advogado Antônio de Rueda como novo presidente do partido. O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, foi escolhido vice-presidente da legenda.

A nova executiva abriu as portas para que o partido caminhe para lançar candidato próprio à sucessão de Lula, em 2026, e o nome que aparece com mais força para encabeçar o projeto é justamente o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

Para o goiano, a troca no comando do União Brasil foi fundamental para que o partido retomasse sua estrutura enquanto terceira maior bancada do Congresso e elegesse, de fato, um diretório consistente e representativo. Segundo Caiado, a mudança representa a refundação do União Brasil.

Faria lembra que a reunião do União Brasil terminou com deputados, senadores, governadores e prefeitos entoando gritos de “Caiado presidente”, dando a entender que a aliança da legenda com Luiz Inácio Lula da Silva e o PT não resistirá à próxima eleição presidencial.

Superfederação

O colunista também abordou a tese de que uma superfederação, formada pelo próprio União Brasil, PP e Republicanos, estaria a caminho, possibilidade que, na ótica do analista, tornaria o grupo político extremamente forte enquanto estrutura partidária, já que o bloco reuniria 149 deputados e 17 senadores, sem dúvidas, a maior bancada do Congresso Nacional.

“Caso se juntem, os três serão não só a maior conformação partidária do país, como o legítimo representante de um grande centrão unificado, no Congresso e nas campanhas eleitorais”, avalia Tales, lembrando, ainda, que esses partidos têm hoje os mais fortes candidatos para presidir a Câmara e o Senado no ano que vem: Davi Alcolumbre (UB/AP), no Senado; e os deputados Elmar Nascimento (UB/BA) e Marcos Pereira (Republicanos/SP).

Ainda que a superfederação com Republicanos e PP não se viabilize, a nova executiva do União Brasil pode garantir a Caiado condições necessárias para que o governador goiano estruture sua candidatura a presidente em 2026 com força suficiente para brigar pela vitória.

Força de Caiado

Único governador goiano eleito e reeleito em primeiro turno, Ronaldo Caiado lidera o ranking de governador mais bem avaliado do Brasil, segundo pesquisa Atlas/Intel, e tem sua gestão reconhecida nacionalmente, principalmente no que diz respeito à segurança pública, hoje um dos principais gargalos do atual governo petista.

Para Tales Faria, Caiado é considerado o nome da vez do grupo de partidos de centro-direita, primeiro, porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que poderia ter o apoio dessas legendas, está inelegível; segundo, como governador reeleito, Caiado não poderá disputar um novo mandato em Goiás, e já anunciou o desejo de concorrer para presidente; por fim, o possível candidato à presidência da República pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas, tem dito que prefere disputar a reeleição para governador de São Paulo.

Na avaliação do colunista, Caiado só terá seu nome selado como candidato a presidente após as eleições municipais deste ano. Segundo o analista, uma vez consagrado o sucesso dos partidos de direita nas eleições municipais Brasil afora, essas legendas poderão medir a força de cada um e definir o provável afastamento do governo do PT, quando colocação o bloco na rua.

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