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Política

Notícia-crime deu início às investigações da Polícia Civil sobre suposto esquema criminoso na Prefeitura de Goiânia

Na decisão que deferiu os mandados de busca e apreensão contra integrantes do 1º escalão da Prefeitura de Goiânia, a juíza aponta que os fatos supostamente delitivos, narrados pela autoridade policial, traçou três linhas investigativas a respeito das condutas delituosas dos investigados

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Operação da Polícia Civil investiga suposto esquema criminoso na Prefeitura de Goiânia. Fraudes em contratos chegariam a R$ 125 milhões

A operação Êndrominas, da Polícia Civil de Goiás, que investiga um suposto esquema criminoso na Prefeitura de Goiânia foi precedida de mandado de busca e apreensão deferido pela juíza da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores. Na decisão, datada de 23 de fevereiro último, que negou o pedido de prisão temporária dos envolvidos, a magistrada Placidina Pires anotou que a autoridade policial responsável pelas investigações, delegado Francisco Lipari Filho, narrou três linhas investigativas a respeito das condutas supostamente delituosas dos envolvidos.

Na primeira linha investigativa, o delegado aponta que os fatos foram descobertos por meio de notícia-crime e também por posteriores diligências da Polícia Civil. Segundo o policial, foi identificado que as empresas Comercial J. Teodoro Ltda, Gyn Comercial e Atacadista Ltda e Sobrado Materiais para Construção teriam sido beneficiadas em diversos procedimentos licitatórios pelo secretário Municipal de Infraestrutura da Prefeitura de Goiânia, Denes Pereira. De acordo com as investigações, essas empresas aumentaram significativamente a quantidade e o valor das contratações com o Paço, desde a assunção de Pereira na Secretaria de Administração (Semad) e na Seinfra.

Uma segunda linha investigativa, a partir de análises dos procedimentos licitatórios e os contratos firmados pela Prefeitura de Goiânia com as aludidas empresas, apurou uma possível similaridade de pregoeiros, gestores e fiscais dos contratos, além de indícios de direcionamento dos certames, combinação de preços mediante ajuste em lances ofertados pelas empresas licitantes, oferta de lances inexequíveis que foram aceitos pelos responsáveis pelos certames, bem como comercialização de produtos sem autorização de órgão regulador específico, tudo, na avaliação da PC-GO, com o objetivo de obtenção de vantagem indevida.

Após a apuração das irregularidades nos contratos, o que se deu numa terceira linha investigativa, o delegado responsável pela operação narra que aprofundou as investigações e identificou indícios de superfaturamento em diversos aditivos contratuais, originários de outros contratos que não compõem a segunda linha investigativa, que foram firmados entre as empresas investigativas e os respectivos órgãos públicos municipais supostamente envolvidos no esquema criminoso.

Além de Denes Pereira, atual secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Goiânia, foram alvos da operação o presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Luan Alves, o presidente da Companhia de Urbanização (Comurg), Alisson Borges, e outros 15 servidores municipais. A operação da Polícia Civil apura fraudes que chegariam a R$ 125 milhões em contratos firmados com a Prefeitura de Goiânia e com a Comurg.

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