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Política

Ronaldo Caiado faz veemente defesa da Polícia Militar goiana

Em tom bastante elevado, o governador de Goiás repudiou a fala do desembargador do TJ-GO Adriano Linhares Camargo que, durante sessão de julgamento da Seção Criminal, sugeriu o fim da PM de Goiás

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Ronaldo Caiado repudiou fala de desembargador que sugeriu a extinção da Polícia Militar de Goiás

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez uma veemente defesa da Polícia Militar goiana e, em tom elevado, repudiou peremptoriamente a fala do desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás Adriano Linhares Camargo que, durante sessão de julgamento da Seção Criminal, ocorrida na tarde da última quarta-feira (01/11), sugeriu o fim da PM goiana. Para o desembargador, que chamou de reflexão pessoal a sua opinião, a PM deveria acabar e ser criada uma forma diferente de atuação na área de investigação e de repressão ao crime.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Caiado disse que o desembargador atua contra a Constituição Federal e atenta contra o estado democrático de direito. O chefe do executivo goiano dispensou as formalidades e chamou de “você” o magistrado, pontuando que iria apresentar à corregedoria do Tribunal de Justiça pedidos de providências contra a fala do desembargador, inclusive seu impeachment. O governador também disse ter absoluta certeza de que o TJ-GO não compactua com o pensamento de Adriano Camargo.

“Você está atentando contra o estado democrático de direito ou você está cooptado por outras forças do crime no nosso estado. Sei que o Tribunal de Justiça de Goiás não tem nenhuma conivência com sua fala, que deve ser avaliada pelo Conselho de Ética, que deve lhe impor o impeachment, porque você não tem qualidades mínimas para responder com o título de desembargador. Você não está vestido com a liturgia do cargo. Você é desrespeitoso, agressivo, inconsequente”, disse o governador.

Ronaldo Caiado chamou para si toda responsabilidade sobre a Polícia Militar, reforçou que a instituição é um patrimônio dos goianos, última trincheira entre o cidadão de bem e o crime, e reiterou que tem um enorme orgulho de ser o comandante em chefe da corporação. “Respeite a Polícia Militar do Estado de Goiás, que está sob o meu comando. Se você tem alguma crítica a fazer (à PM) faça ao governador”, reforçou Caiado.

Ao jornal O Popular, o Tribunal de Justiça disse que a fala do desembargador foi uma opinião pessoal e que não reflete a posição do tribunal e que tem em elevado conceito a Polícia Militar. Adriano Camargo, por sua vez, afirmou que não fez críticas em caráter institucional nem pessoal e que lamenta o mal-estar que provocou.

“Não tive nenhuma intenção de atingir a quem quer que seja, absolutamente. Apenas estava ponderando sobre episódios que me inquietavam. Apenas isso. Sem nenhuma intenção de ferir ou atingir quem quer que seja, ainda mais a quem não conheço. Lamento o mal-estar que causou e espero que possa ser superado o mais rápido possível”, sustentou.

Veja o vídeo

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