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Política

Eleição para o Senado: Movimento anti-Marconi se intensifica nesta reta final

A 12 dias das eleições para o Senado em Goiás, a disputa está polarizada entre o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o deputado Delegado Waldir (UB). Última pesquisa Mais Goiás aponta empate técnico entre os dois. Outros levantamentos mostram tucano com dificuldade de crescer acima de 24% das intenções de voto

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Com a disputa para o Senado em Goiás polarizada entre os candidatos Marconi Perillo (PSDB) e o deputado Delegado Waldir (UB), faltando 12 dias para as eleições, o staff de campanha do candidato do União Brasil ganha um aliado extra: o movimento anti-marconista. Diferente das manifestações de ruas presentes nas eleições de 2014 e 2018 e que tinham como característica o repúdio à eleição do tucano, o movimento anti-Marconi se intensifica agora nas redes sociais. Grupos de WhatsApp, principalmente, se ocupam de resgatar notícias que expõem pontos negativos das gestões de Marconi Perillo à frente do executivo goiano, principalmente àquelas ligadas a supostos casos de corrupção nos seus governos.

Marconi Perillo governou o Estado por quatro mandatos e foi eleito senador em 2006. Os seus últimos dois mandatos (2011-2018) foram marcados por notícias de escândalos de corrupção e má gestão das contas públicas. Ao final de 2018, último ano da gestão do tucano, que deixou o governo em abril daquele ano para concorrer novamente ao Senado, a contabilidade do Estado apresentava uma série de problemas fiscais e financeiros. Os rombos nas contas públicas alcançaram cifras bilionárias, de R$ 7,2 bilhões, segundo as auditorias do Tribunal de Contas. Sem recursos, o então governador e sucessor de Marconi, José Eliton, não conseguiu pagar a folha dos servidores de novembro e dezembro, causando um tremendo desgaste para o funcionalismo.

Perillo foi apenas o 5º colocado na disputa para o Senado em 2018, e uma semana depois do pleito chegou a ser preso no curso da Operação Cash Delivery, do MPF/GO, acusado de esquemas de recebimento de propinas da empreiteira Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014. Depois disso, o tucano se mudou para São Paulo, de onde retornou apenas este ano para, mais uma vez, tentar uma cadeira na Câmara Alta. O que se comenta nos bastidores é que, uma vez vitorioso nestas eleições, Marconi Perillo se coloca automaticamente como pré-candidato ao governo em 2026.

Analistas políticos ouvidos pelo Blog avaliam que, embora Marconi Perillo esteja numericamente à frente do Delegado Waldir nas últimas pesquisas divulgadas, há um claro sinal de estagnação da campanha do tucano, já que ele permanece estacionado na casa dos 24% das intenções de votos, segundo a maioria dos levantamentos divulgados, mostrando uma dificuldade para crescer, o que suscita que o candidato pode ter batido no seu teto de votos. Isso explicaria, também, o fato do tucano ser o mais rejeitado entre todos os candidatos.

Ao contrário de Marconi, o deputado Delegado Waldir apresenta crescimento nas intenções de votos, segundo as últimas pesquisas. O staff de campanha do candidato do União Brasil quer contar com esse movimento espontâneo de rejeição ao tucano para alavancar a eleição de Waldir. Noutro ponto, há um movimento político para que a base do governador Ronaldo Caiado abrace de vez a candidatura do Delegado, já que, a menos de duas semanas do pleito, o deputado é o único que efetivamente tem condições de derrotar o tucano. Ao que tudo indica, esses últimos dias, até o dia 2 de outubro, serão de intensa disputa.

 

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