Entre em contato

Política

Marconi Perillo assume presidência nacional de um esvaziado PSDB

Sem perspectivas de poder e experimentando um movimento que parece não ter como ser contido, o PSDB continua a minguar nos estados. Em São Paulo, por exemplo, a sigla começou o ano com 238 prefeitos. Hoje tem apenas 43. No Senado Federal, com apenas duas cadeiras, o partido de Perillo não tem sequer direito à liderança na casa

Publicado

on

Marconi Perillo (GO) assume a presidência do PSDB nacional no lugar do governador do RS, Eduardo Leite

O ex-governador de Goiás Marconi Perillo foi confirmado como o novo presidente nacional do PSDB. A eleição do diretório tucano foi realizada nesta quinta-feira (30/11) na 16ª Convenção Nacional da sigla, no Centro de Convenções Brasil 21, na Asa Sul, região central de Brasília (DF). A chapa eleita é composta por Marconi Perillo como presidente; Paulo Mascarenhas, 1º vice-presidente; Duarte Nogueira, 2º vice-presidente. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que era o presidente da legenda, foi eleito um dos seis vice-presidentes.

Perillo contou com o apoio do deputado federal Aécio Neves (MG), que lançou o nome do goiano depois de decisão da justiça do Distrito Federal, que determinou nova eleição para o comando do partido. Eduardo Leite havia sugerido o nome do ex-senador Tasso Jereissati (CE) para comandar a sigla, mas prevaleceu o entendimento por chapa única com Perillo na presidência.

O tucano assume o PSDB num momento de completo declínio do partido nos estados. A sigla, que já teve o presidente da República por oito anos com Fernando Henrique, agora presidente de honra do tucanato, minguou nas federações. Exemplo disso é São Paulo, onde a sigla começou com 238 prefeitos e hoje tem apenas 43. Em Goiás, a situação não é diferente. De 75 prefeitos eleitos em 2016, o PSDB tem hoje apenas 13 chefes de executivos municipais no estado.

A bancada tucana no legislativo estadual goiano também diminuiu consideravelmente. De sete deputados estaduais e cinco federais em 2014, a legenda chega a 2023 com apenas dois representantes na Assembleia Legislativa de Goiás e uma deputada na Câmara Federal.

No Senado Federal, a situação é constrangedora. O PSDB teve que deixar o gabinete que pertencia à liderança do partido no Senado. A medida foi necessária, uma vez que o PSDB, que tinha quatro senadores no início dessa legislatura, perdeu duas cadeiras, e, com apenas dois senadores na casa, não tem mais direito à liderança. São necessários ao menos três senadores para que a sigla tivesse direito à sala. Além de perder o espaço de reuniões, a sigla teve que dispensar cerca de 15 assessores.

Copyright © 2020 - Nos Opinando - Liberdade de opinião em primeiro lugar.