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Direito e Justiça

Procurador da República em Goiás advertido pelo CNMP rechaça comparação com Deltan Dallagnol, que foi censurado pelo órgão. “Casos completamente diferentes”, disse

Wilson Rocha Fernandes Assis usou sua conta no Twitter para lembrar a colegas que, embora punido pelo CNMP com advertência por postagem supostamente ofensiva ao presidente da República, seu caso não guarda relação nenhuma com a censura imposta a Deltan Dallagnol

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O procurador da República em Goiás Wilson Rocha Fernandes Assis, que sofreu uma advertência do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por ter postado mensagens consideradas ofensivas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, usou sua conta no Twitter para lembrar a colegas que se solidarizaram com ele que o seu caso não guarda nenhuma relação com o do procurador chefe da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, que também foi punido pelo órgão com pena de censura.

“O meu caso e o de Deltan Dallagnol são radicalmente diferentes. Não tentei interferir em processo eleitoral em curso no parlamento. Os tuítes que levaram à advertência, um deles apenas compartilhado, não guardavam relação com o meu trabalho no MPF”, disse o procurador ao responder um tuíte da colega Janice Ascari, da Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu nesta terça-feira (8), por nove votos a um, punir o procurador da República Deltan Dallagnol por mensagens em rede social nas quais ele se posicionou contra a eleição do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para a presidência do Senado, em 2019.

As postagens diziam, por exemplo, que, se Calheiros fosse eleito, “dificilmente veremos reforma contra corrupção aprovada”. Renan Calheiros perdeu a disputa para Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Já Wilson Rocha foi punido pelo CNMP por ter, a princípio, retuitado um post contra o presidente Jair Bolsonaro, que dizia o seguinte. “Bolsonaro é o canalha de quem os canalhas gostam. Como já não há mistério sobre esse politico, seus admiradores são seu espelho e sua força social. Ou seja, são uma geração, independente da idade, de péssimos brasileiros que arruinaram seu próprio país”.

Dias depois, o procurador tuitou que “a indignidade do presidente já é de conhecimento publico. Resta-nos lembrar a indignidade dos que o apoiam, especialmente o alto oficialato das Forças Armadas que compõe esse governo e o séquito Sergio Moro na Lava Jato”.

“Esclareço que o tuíte que continha a palavra “canalha” não é de minha autoria. Retuitei a mensagem de PedroRuasPsol. A despeito do uso do palavrão, o tuíte, muito bem redigido, propunha a reflexão sobre uma geração de brasileiros que entregará à próxima uma democracia arranhada”, pontuou Rocha Assis.

 

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