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Política

Vídeo em poder da PF mostra Bolsonaro comandando reunião que discutiu dinâmica golpista

O ex-presidente foi um dos alvos da operação da PF, deflagrada nesta quinta-feira (8) em nove estados. Os mandados de busca e apreensão e de prisão partiram do ministro do STF Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro

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Provas encontradas pela PF aproximam Bolsonaro de condenação e, concomitantemente, da cadeia

A Polícia Federal (PF) afirma ter provas da participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em reunião que teve como pauta a tratativa para a construção de medidas que culminariam na tentativa de golpe de estado, cujo auge ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023 com a depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. A afirmação consta da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o que foi divulgado, a PF tem em seu poder um vídeo de uma reunião do ex-presidente Bolsonaro com ministros, onde discutem uma “dinâmica golpista”.

Segundo consta na decisão de Moraes, foi apreendida na casa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, uma gravação de uma reunião realizada do dia 5 de julho de 2002, onde, “nitidamente, revela o arranjo de uma dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte”, afirma Moraes.

De acordo com a transcrição, em determinado momento da reunião, Jair Bolsonaro diz: “Nós vamos esperar chegar 23, 24, pra se foder? Depois vou me perguntar: por que que não tomei providência lá trás? E não é providência de força não, caralho! Não é dar tiro. Ô PAULO SÉRGIO [Nogueira, ex-ministro da Defesa], vou botar a tropa na rua, tocar fogo aí, metralhar. Não é isso, porra!”

Ainda consta do relatório da Polícia Federal que embasou a operação desta quinta-feira que Jair Bolsonaro teria ajustado a minuta de golpe de estado apresentada a ele por Filipe Martins, preso na operação de hoje, e Amauri Feres Saad. Pelo que foi divulgado, Bolsonaro teria feito ajustes no texto e retirado os pedidos de prisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, e do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG).

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