O ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, que administrou Goiás por quatro mandatos, sofreu nova derrota eleitoral em Goiás nas eleições majoritárias deste 2 de outubro. É a segunda vez que o tucano perde a disputa para o Senado. Em 2018, Marconi foi apenas o 5º colocado para o cargo, e dessa vez ficou em 2º lugar, atrás do candidato do presidente Jair Bolsonaro, Wilder Morais, do PL, que obteve 799 mil sufrágios, ou 25,25% dos votos válidos. O peessedebista teve 626,6 mil votos (19,80% dos válidos).
Apontado como favorito para vencer a eleição para o Senado por praticamente todos os institutos de pesquisa, Marconi acreditava estar polarizado com o candidato do União Brasil, Delegado Waldir, que foi o terceiro colocado na disputa. Durante toda campanha, o tucano concentrou esforços para barrar o crescimento de Waldir, mas foi surpreendido pela grande votação de Wilder.
Marconi voltou a Goiás no início deste ano, depois de ter se mudado para São Paulo logo após a derrota em 2018. O tucano, que conseguiu a anulação do processo oriundo da Operação Cash Delivery, do MPF/GO, que o acusava de receber propina da empreiteira Odebrecht enquanto era governador de Goiás, alegava ter sido vítima de uma “grande armação política” e buscava a absolvição das urnas para continuar seu projeto político no Estado. Não conseguiu.
Para analistas políticos ouvidos pelo Blog, o fracasso de Perillo nas urnas, aliado à decadência do seu partido a nível nacional e estadual, pode ter consequências políticas irreversíveis para o tucano. Segundo dizem, uma coisa é o político sofrer um revés eleitoral e manter a o poder político. Outra, mais grave, é perder tanto o poder político como a densidade eleitoral, que foi o que aconteceu com o ex-governador nestas eleições.
“O Marconi retornou para expurgar “seus pecados” e manter o poder político no Estado. O que aconteceu, no entanto, foi que seu partido derreteu, tanto em Goiás, quanto no Brasil. O tucano sofreu uma derrota eleitoral e política. Seu futuro, dado esse resultado, é absolutamente incerto no momento”, avaliam.
