Como já era esperado, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) não terá assento em cargos importantes da executiva nacional da legenda. Na última quarta-feira (1/2), durante reunião extraordinária do PSDB nacional, o novo presidente do partido, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, apresentou a indicação dos membros que irão compor a nova diretoria provisória da executiva nacional.
A formação traz o próprio Leite como presidente nacional; governadora Raquel Lyra (PE) e governador Eduardo Riedel (MS) como vice-presidentes. O secretário-geral será o deputado Paulo Abi-Ackel (MG) e o tesoureiro do partido o prefeito de Santo André (SP), Paulo Serra. Marconi Perillo é citado como “membro” da legenda, ao lado da prefeita Cinthia Ribeiro (TO), do senador Plínio Valério (AM), do deputado Beto Richa (PR), Aspásia Camargo (RJ), além dos ex-presidentes do partido.
Segundo Eduardo Leite, a nova Executiva Nacional terá como principal missão a construção de uma agenda política que unifique o partido, dialogue com as bases e prepare o PSDB para voltar a ser protagonista político no País, além da condução das convenções municipais, estaduais e nacional em caráter definitivo.
O enfraquecimento político do ex-governador Marconi Perillo diante da Executiva Nacional do PSDB ficou evidente nas declarações de Leite, durante passagem por Goiânia no fim do mês de janeiro próximo passado. Embora não se referisse apenas a Goiás, o governador gaúcho fez um discurso de renovação e reposicionamento político da sigla dentro do atual cenário. Na época, a fala de Leite foi entendida como um claro sinal de distanciamento da cúpula tucana com aquele que já foi considerado a principal liderança do PSDB em Goiás, situação que se agravou com o fiasco de Perillo nas eleições de 2022.
Em Goiás, o futuro político de Marconi Perillo continua incerto. Há quem defenda que ele deveria se candidatar a prefeito de Goiânia ou de Aparecida de Goiânia nas eleições municipais do ano que vem. Outra ala, no entanto, defende que o ex-governador deve esperar 2026. Depois das eleições, diante do fracasso nas urnas, chegou-se a cogitar que Marconi estaria propenso a deixar o partido. O tucano, no entanto, nega essa disposição.
