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Artigo de Opinião

Veto ao PL que homenageia Iris Rezende é um desgaste que o prefeito Rogério Cruz poderia ter evitado

Para além das razões supostamente legais alegadas pelo atual prefeito da capital para justificar o veto, o fato é que negar ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, uma homenagem tão singela, como dar nome a uma avenida da capital que ele praticamente construiu, é uma atitude que não encontrará respaldo no bom senso, na coerência e nem na gratidão que essa cidade e seu povo devem a Iris.

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Já são muitas as pautas negativas enfrentadas pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), e sua relação com a população não tem sido das melhores, sobretudo pelo aumento do IPTU para este ano. É fato que um gestor tem que ter a coragem de enfrentar pautas difíceis, mas fugir de embates desnecessários é demonstração de coerência e sensatez. O veto do prefeito ao PL que homenageia o ex-prefeito Iris Rezende, dando o seu nome à Avenida Castelo Branco, poderia ter sido evitado e seria um desgaste a menos para o republicano.

Tudo indica que o veto será derrubado na Câmara Municipal. Hoje (16/02), com apenas um voto contrário, do vereador Pedro Azulão Jr (PSB), a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) do legislativo municipal aprovou a derrubada do veto de Rogério Cruz à mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado. Caso o plenário da Casa realmente derrube o veto de Cruz, o ônus de todo esse imbróglio cairá, inevitavelmente, no colo do prefeito da capital.

Nas suas razões de veto, Rogério Cruz elencou a falta de um suposto abaixo assinado, que, segundo o chefe do executivo municipal, seria condição indispensável para a mudança do nome do logradouro público. De acordo com o republicano, a Procuradoria Geral do Município (PGM) se manifestou sustentando que a proposta só poderia ser “apresentada, discutida e votada se tiver a aprovação da maioria dos moradores” destes locais. É preciso, inclusive, segundo o Paço, que exista abaixo-assinado contendo nome e endereço dos moradores, o que não foi encontrado pela prefeitura.

Já a Procuradoria da Câmara Municipal entendeu diferente e defende que o projeto de Lei não exige abaixo-assinado, uma vez que existe a “extrema necessidade e urgência de substituição de nome vinculado historicamente à ditadura militar por autoridade que, notadamente, dedicou sua vida pública à concretização dos valores do Estado Democrático de Direito”.

Para além das razões supostamente legais alegadas por Rogério Cruz para justificar o veto, o fato é que negar ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, uma homenagem tão singela, como dar nome a uma avenida da capital que ele praticamente construiu, é uma atitude que não encontrará, em tempo algum, respaldo no bom senso, na coerência e nem na gratidão que essa cidade e seu povo devem a Iris.

Para Rogério Cruz sobra as consequências de ter agido com antipatia e insensibilidade com a história de Iris Rezende, com o respeito devido à sua família e a todos aqueles que aprenderam a respeitar Iris e o imenso legado que ele deixou para Goiânia, Goiás e o Brasil.

 

 

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